Marcas identitárias e resistência cultural: festas e rituais no México

Autores

  • Maria Teresa Toribio Brittes Lemos Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.12957/revmar.2009.13640

Resumo

No México atual, a população, em sua maioria descendente dos povos mexicas, reproduz em sua vida cotidiana práticas culturais, de seus antepassados.  Durante as festas religiosas, mitos e ritos dos antigos mexicanos são retomados, como força de resistência cultural.  Aquelas representações também revelam que além das permanências culturais indígenas, apropriações da cultura cristã introduzida com colonização espanhola.  A cerimônia do Dia dos Mortos é também um ritual de integração social.  Os familiares mortos e amigos falecidos, através de trilhas iluminadas os senderos luminosos - vêm festejar com os familiares vivos, a prosperidade e o legado que eles construíram para seus sucessores, lembrando os valores e as normas de comportamento de seus antepassados.  Durante aqueles dias de festa, mortos e vivos rompem as barreiras da alteridade e do antropocentrismo, e se confraternizam.  As relações entre a sociedade dos vivos e a dos mortos obedecem a uma ética fenomenológica, estabelecida pelos limites mais profundos e desconhecidos para as culturas ocidentais, que são os limites entre a vida e a morte.  Essa nova dimensão, estranha e atraente, permanece, com suas ressignificações, até os dias atuais na cultura mexicana.

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Publicado

2009-12-31

Como Citar

Lemos, M. T. T. B. (2009). Marcas identitárias e resistência cultural: festas e rituais no México. Revista Maracanan, 5(5), 111–123. https://doi.org/10.12957/revmar.2009.13640