Intelectuais indígenas e produção historiográfica: contribuições da Comunidad de Historia Mapuche para a descolonização do pensamento

Alessandra Gonzalez de Carvalho Seixlack, Fernando Luiz Vale Castro

Resumo


O combate ao colonialismo interno consiste atualmente em uma das principais pautas da resistência indígena. Ao lançar luz sobre a permanência das estruturas coloniais de dominação, os setores indígenas das sociedades americanas relativizam os verdadeiros alcances obtidos pelas independências e pelo processo de formação dos Estados nacionais no continente. Nesse contexto, torna-se central a atuação do intelectual indígena. Esse artigo busca promover um debate teórico acerca do conceito de intelectual, assim como pensar as contribuições historiográficas dos intelectuais indígenas, a partir da experiência da Comunidad de Historia Mapuche, para a descolonização do pensamento e a superação da subalternização. 



Palavras-chave


Intelectual indígena, anticolonialismo, Comunidad de Historia Mapuche

Texto completo:

PDF

Referências


BATALLA, Guillermo Bonfil (2019). El concepto de indio en América: una categoría de la situación colonial. Plural. Antropologías desde América Latina y el Caribe. ano 2, no3, pp.15-37, jan-jul.

BERGAMASHI, Maria Aparecida (2014). Intelectuais indígenas, interculturalidade e educação, Tellus, Campo Grande, ano 14, n° 26, pp. 11-29, jan./jul.

BOCCARA, Guillaume (2007). Poder colonial e etnicidade no Chile: territorialização e reestruturação entre os mapuche da época colonial. Tempo. vol.12, nº23, pp.56-72.

BOCCARA, Guillaume (2013). La "Historia Nacional Mapuche" como ruptura anticolonial: a propósito de ¡… Escucha winka…! Cuatro ensayos sobre de historia nacional mapuche y un epílogo sobre el futuro. Historia (Santiago), 46(1), pp. 223- 239.

BOURDIEU, Pierre (1989). O Poder Simbólico. Lisboa: DIFEL.

CARVALHO, José Jorge de (2001). O olhar etnográfico e a voz subalterna. Horizontes Antropológicos, v. 7, n. 15, jul. 2001.

CASTRO, Eduardo Viveiros de (2017). A inconstância da alma selvagem e outros ensaios de antropologia. São Paulo: Ubu Editora.

CASTRO-GOMEZ, Santiago (2005). La poscolonialidad explicada a los niños. Popayán. Editorial Universidad del Cauca.

CRIALES, Lucila & CONDORENO, Cristóbal (2016). Breve reseña del Taller de Historia Oral Andina (THOA). Fuentes. Revista de la Bilbioteca y Archivo Histórico de la Asemblea Legislativa Plurinacional. vol.10, nº43, pp.57-66.

CÉSAIRE, Aimé (2020). Discurso sobre o colonialismo. São Paulo: Veneta. COMUNIDAD DE HISTORIA MAPUCHE (2012). Ta iñ fijke xipa rakizuameluwün. Historia, colonialismo y resistencia desde el país Mapuche. Temuco: Ediciones Comunidad de Historia Mapuche.

DOSSE, François (2007). La marcha de las ideas. Historia de los intelectuales, historia intelectual. Valencia: Universitat de Valencia.

FALCON, Francisco (1997). História das Idéias. In: CARDOSO, Ciro e VAINFAS, Ronaldo. Domínios da História. Rio de Janeiro: Ed Campos.

FANON, Frantz (2020). Pele negra, máscaras brancas. São Paulo: Ebu Editora. GRAMSCI, Antonio (1982). Os intelectuais e a organização da cultura. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

GROSFOGUEL, Santiago e CASTRO-GOMÉZ, Ramón (2007). El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores; Universidad Central, Instituto de Estudios Sociales Contemporáneos y Pontificia Universidad Javeriana, Instituto Pensar.

GUIMARÃES, Alice Soares (2009). A emergência das identidades étnicas na Bolívia contemporânea. Processos e atores. In: DOMINGUES, José Maurício et. al (Organizadores). A Bolívia no espelho do futuro. Belo Horizonte: UFMG / Rio de Janeiro: IUPERJ, pp.75-104.

HALL, Stuart (2005). A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro, DP&A.

KOSELLECK, Reinhart (2006). Futuro passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto: Ed. PUC-Rio.

LEDA, Manuela. Corrêa (2017). Teorias pós-coloniais e decoloniais: para repensar a sociologia da modernidade. Tematicas, Campinas, SP, v. 23, n. 45, pp. 101–126.

MARIMÁN QUEMENADO, Pablo et al. (2006). ¡… Escucha winka…! Cuatro ensayos sobre de historia nacional mapuche y un epílogo sobre el futuro. Santiago: LOM Ediciones.

MARIMÁN QUEMENADO, José Alejandro (2012). Autodeterminación: ideas políticas mapuche en el albor del siglo XXI. Santiago: LOM ediciones.

MIGNOLO, Walter (2008). Desobediência epistêmica: a opção decolonial e o significado de identidade em política. Cadernos de Letras da UFF – Dossiê: Literatura, língua e identidade, nº 34,p p. 287-324.

PERES, Julie Stefane Dorrico (2017). Literatura Indígena e seus Intelectuais no Brasil: da autoafirmação e da autoexpressão como minoria à resistência e à luta político- culturais. Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas, Vol.11, n.3.

QUIJANO, Aníbal (2005). Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Colección Sur Sur. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: CLACSO.

RAMA, Ángel (2015). A cidade das letras. São Paulo: Boitempo.

RIVERA CUSICANQUI, Silvia. (1987). El potencial epistemológico y teórico de la historia oral: de la lógica instrumental a la descolonización de la historia. Revista Temas Sociales, n. 11, pp. 49-64.

RIVERA CUSICANQUI, Silvia (2010). Violencias (re)encubiertas en Bolivia. La Paz: Editorial Piedra Rota.

SILVA, Claudia Zapata (2008). Los intelectuales indígenas y el pensamiento anticolonialista. Discursos/prácticas, no2, pp.113-140, semestre 1.

SKINNER. Quentin (2005). Visões da Política. Lisboa: DIFEL.

TOLEDO, Aureo (2020). Perspectivas Pós-Coloniais e Decoloniais. Salvador: EdUFBA. VARGAS, Sebastião (2018). Las modas teóricas pasan, pero el colonialismo queda: a atualidade do pensamento anticolonial mapuche. In: TAPIA, Pedro Canales & VARGAS, Sebastião (Organizadores). Pensamiento indígena en Nuestramérica. Debates y propuestas en la mesa de hoy. Santiago: Ariadna Ediciones, pp.131-158.

YAMPARA HUARACHI, Simón (2011). Cosmovivencia Andina. Vivir y convivir en armonía integral – Suma Qamaña. Bolivian Studies Journal / Revista de Estudios Bolivianos. vol.18, pp.1-22.




DOI: https://doi.org/10.12957/intellectus.2021.61698

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Direitos autorais 2021 Intellèctus



 

Grupos de Pesquisa:

 Financiamento:

Indexada em:


Open Academic Journals Index  
Dialnet
 
 
 
  
   
 
 
 
 
Intellèctus | Sumários.org (sumarios.org)
 

 ‪Intellèctus‬ - ‪Google Acadêmico‬

 

BASE (Bielefeld Academic Search Engine): Lista de Visitas (base-search.net)

 Intellèctus - Dialnet (unirioja.es)

 

Crossref Metadata Search 

AmeliCA


Redes sociais:

Revista Intellèctus UERJ (@intellectus.uerj) • Fotos e vídeos do Instagram

Revista Intellèctus | Facebook