Celso Furtado e a “nação interrompida”: a questão nacional e sua construção interrompida dos livros à SUDENE
Resumo
A questão nacional no Brasil republicano é objeto de reflexão e crítica de intelectuais os mais diversos, ecoando os já muitos estudos a seu respeito em países periféricos e não-periféricos. Este artigo tem por propósito analisar como Celso Furtado, ao destacar a necessidade de uma perspectiva histórica e socioeconômica da integração nacional, aliando a teoria à prática, promove um debate sobre a questão nacional que dialoga com significados outros da formação da nação no Brasil e no mundo, acrescentando o fato da nação estar “interrompida” por não superar as barreiras para uma integração nacional e social efetiva. Tal perspectiva é analisada no campo da prática quando observamos a atuação do intelectual paraibano à frente da SUDENE e do enfrentamento de projetos de poder de influentes lideranças políticas na Paraíba.
Palavras-chave
Referências
ALBUQUERQUE JR, Durval Muniz de (2009). A invenção do Nordeste e outras artes.
ª ed. Recife: FJN; Ed. Massangana; São Paulo: Cortez.
BRESSER PEREIRA, L. C. (2015). A construção política do Brasil: sociedade, economia e Estado desde a independência. São Paulo, Editora 34.
CALLADO, A. (1960). Os industriais da seca e os galileus de Pernambuco. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira.
CAMPOS, J. B. (2014). Secas e políticas públicas no semiárido: ideias, pensadores e períodos. Estudos Avançados. [online]. vol.28, n.82, pp.65-88. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 40142014000300005 Acesso em abril de 2020.
DANDARO, F; MARCONDES, R. (2018). Obras públicas no contexto regional: secas e gastos no Nordeste brasileiro (1860-1940). Revista Economia do Nordeste, Fortaleza, v. 49, jul/set: 113-127. Disponível em: https://ren.emnuvens.com.br/ren/article/download/777/730 Acesso em Abril de 2020
D’AGUIAR, R. (2009). A batalha da Sudene. In: FURTADO, C. O Nordeste e a saga da Sudene (1958- 1964). Arquivos Celso Furtado, vol. 3. 1° Ed. Rio de Janeiro: Contraponto/ Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento: 8-25.
FURTADO, R. (2009). O Nordeste e a saga da Sudene (1958-1964). Arquivos Celso Furtado, V.3 1 Ed – Rio de Janeiro: Contraponto/ Centro Internacional Celso Furtado de Política para o Desenvolvimento.
FERNANDES, Florestan (2005). A revolução burguesa no Brasil: ensaio de interpretação sociológica. 5ª. Ed. São Paulo: Globo.
FURTADO, C. (1962). A pré-revolução brasileira. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura.
FURTADO, C.(1998). Seca e poder. Entrevista com Celso Furtado. São Paulo: Fundação Perseu Abramo.
FURTADO, C. (2009 [1959]). A Operação Nordeste: plano de ação. In: FURTADO, C. O Nordeste e a saga da Sudene (1958-1964). Arquivos Celso Furtado, vol. 3. 1° Ed. Rio de Janeiro: Contraponto/ Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento: 45.
FURTADO, C. (2013). A Operação Nordeste. In: AGUIAR, R. F (org.). Essencial Celso Furtado. Organização, apresentação e notas de Rosa Freide D’Aguiar. 1ª ed. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras.
FURTADO, C. (2013b). O Nordeste: reflexões sobre uma política alternativa. In: AGUIAR,
R. F (org.). Essencial Celso Furtado. Organização, apresentação e notas de Rosa Freide D’Aguiar. 1ª ed. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras.
FURTADO, C. (2013c). Nova concepção do federalismo. In: AGUIAR, R. F (org.). Essencial Celso Furtado. Organização, apresentação e notas de Rosa Freide D’Aguiar. 1ª ed. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras.
FURTADO, C. (2013d). Acumulação e criatividade. In: AGUIAR, R. F (org.). Essencial Celso Furtado. Organização, apresentação e notas de Rosa Freide D’Aguiar. 1ª ed. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras.
FURTADO, C. (2013e). Reflexões sobre a cultura brasileira. In: AGUIAR, R. F (org.). Essencial Celso Furtado. Organização, apresentação e notas de Rosa Freide D’Aguiar. 1ª ed. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras.
GENNARO, E. G. (2019). Do fogo de monturo à chama das ligas camponesas: sociogênese de uma luta pela liberdade da terra na Paraíba. Dissertação de mestrado defendida no PPGCS-UFCG.
JULIÃO, F. (2009 [1962]). O que são as ligas camponesas? In WELCH, C. et al. Camponeses Brasileiros: leituras e interpretações clássicas (Volume 1). São Paulo, NEAD- UNESP: 271-198.
OLIVEIRA, F. (1981). Elegia para uma re(li)gião: Sudene, Nordeste, planejamento e conceitos de classes. 2° Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
GARCIA JR, A. (2007). Os vice-reis do Norte: reconversão de elites agrárias e a Revolução de 1930 (1920-1964). Revista de Ciências Sociais, UFC, v. 38 (02): 74-87
COSTA LIMA, M. (2009). O conselho deliberativo da Sudene. In: FURTADO, C. A saga da Sudene (1958-1964). Arquivos Celso Furtado, vol. 3. 1° Ed. Rio de Janeiro: Contraponto/ Centro Internacional Celso Furtado de Política para o Desenvolvimento: 223-267.
VESENTINI, J. W. (2014). O conceito de região em três registros. Exemplificando o Nordeste Brasileiro. Confins revue franco-brésilienne de géographie, 34: 1-13, Disponível em http://journals.openedition.org/confins/7377 Acesso em agosto de 2020.
VELLOSO, Mônica Pimenta (2010). História & modernismo. Belo Horizonte: Autêntica Editora.
BOTELHO, André (2002). Aprendizado do Brasil: a nação em busca dos seus portadores sociais. 1. Ed. Campinas: Editora Unicamp.
CANDIDO, Antônio (2006). A Sociologia no Brasil. Tempo Social: Revista de sociologia da USP, v. 18, n. 1.
CANDIDO, Antônio (2011a). Literatura de dois gumes. In: CANDIDO, Antônio. A educação pela noite & outros ensaios. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul: 169-196.
CANDIDO, Antônio (2011b). Literatura e subdesenvolvimento. In: A educação pela noite & outros ensaios. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul: 197-217.
FLEET, Nicolas (2011). Did Weber have an adequate theory of nationalism? How did his theoretical understanding of nationalism relate to his own passionate German nationalism? Revista de Sociología. n. 26: 37-40.
GELLNER, Ernest (1996). O advento do nacionalismo e sua interpretação: os mitos da nação e da classe. In: BALAKRISHNAN, Golap (org.). Um mapa da questão nacional. Rio de Janeiro: Contraponto.
HOBSBAWM, Eric (1990). Nações e Nacionalismo desde 1780: programa, mito e realidade. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
MICELI, Sérgio (2001). Intelectuais à brasileira. São Paulo, Companhia das Letras. ORTIZ, Renato (2012). Cultura brasileira e identidade nacional. São Paulo: Brasiliense.
ORTIZ, Renato (2013). Imagens do Brasil. Revista Sociedade e Estado, n° 3, Brasília, UnB, v.8, Set/Dez.: 609-633.
RENAN, Ernest (1990). What is a nation? In: Homi Bhabha (org). Nation and Narration. London: Routledge.
RICUPERO, Bernardo (2011). Sete lições sobre as interpretações do Brasil. São Paulo: Alameda.
SCHWARCZ, Lilia Moritz (1993). O Espetáculo das Raças: Cientistas, Instituições E Questão Racial No Brasil. São Paulo: Companhia Das Letras.
SEVCENKO, Nicolau (1983). Literatura como missão: tensões sociais e criação cultural na Primeira República. 4. ed. São Paulo: Brasiliense.
SKIDMORE, Thomas (2012). Preto no branco: raça e nacionalidade no pensamento brasileiro (18701930). 1ª. Ed. São Paulo: Companhia das Letras.
WEBER, M. (1974). A nação. In:WEBER, M. Ensaios de sociologia. Rio de Janeiro: Zahar Editores.
DOI: https://doi.org/10.12957/intellectus.2020.53790
Apontamentos
- Não há apontamentos.
Direitos autorais 2020 Intellèctus



3.png)


.png)
Intellèctus - Google Acadêmico
BASE (Bielefeld Academic Search Engine): Lista de Visitas (base-search.net)
Intellèctus - Dialnet (unirioja.es)
Redes sociais:
Revista Intellèctus UERJ (@intellectus.uerj) • Fotos e vídeos do Instagram