Redes de sociabilidade, autocultuação e tradições: as práticas intelectuais do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1964-1985)

Autores

  • Fernanda Coelho Mendes Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.12957/intellectus.2020.44717

Palavras-chave:

IHGB, práticas intelectuais, redes de sociabilidade

Resumo

Como instituição intelectual, o IHGB conta ao longo de sua história já quase bicentenária com muitos rituais, tradições e redes de sociabilidade que alimentam o seu ano social e produzem material para a publicação de sua Revista. Utilizando como recorte temporal à vigência da ditadura civil-militar no país, de 1964 a 1985, este artigo se propõe a analisar as práticas intelectuais do Instituto durante este período, os rituais e tradições que compunham sua rotina, a interação entre os sócios e a interseção com outras instituições intelectuais, identificando um ponto em comum entre todas essas práticas: o culto de si. Para isso, serão utilizados como fontes os discursos, artigos, relatórios e demais documentos publicados na Revista do IHGB durante este período.

Biografia do Autor

Fernanda Coelho Mendes, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em História Social da UFRJ, orientada pela Profª Drª Marieta e Moraes Ferreira; Bolsista da CAPES.

 

Referências

Fontes

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Publicado

2020-07-17

Como Citar

Mendes, F. C. (2020). Redes de sociabilidade, autocultuação e tradições: as práticas intelectuais do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1964-1985). Intellèctus, 19(1), 452–474. https://doi.org/10.12957/intellectus.2020.44717