BAIXO-PESO AO NASCER: ESTUDO DE FATORES ASSOCIADOS EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO DA GRANDE VITÓRIA, ES, BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.12957/demetra.2019.43508Palavras-chave:
Baixo-peso ao nascer. Saúde materno-infantil. Fatores de risco. Saúde pública. Peso ao nascer.Resumo
O baixo-peso ao nascer (BPN) é uma condição clínica importante na determinação da morbimortalidade neonatal e da mortalidade pós-neonatal, sendo um indicador global de grande relevância para a saúde pública. Este estudo objetivou avaliar os fatores associados ao baixo-peso ao nascer de recém-nascidos atendidos em um hospital público de alta complexidade localizado no município de Vitória-ES. Trata-se de estudo de delineamento transversal no qual a população foi constituída por 246 mães e crianças de até dois anos de idade incompletos, que procuraram atendimento nos serviços do hospital no período de setembro de 2017 a março de 2018. Estudaram-se a associação do BPN (variável dependente) e as independentes (condições sociodemográficos, obstétricas e clínico-cirúrgicas) utilizando-se o teste de qui-quadrado. A força de associação foi estimada calculando-se a razão de chances (odds ratio) e seus intervalos de confiança de 95% (IC95%). Para o controle de possíveis fatores de confusão nas associações obtidas, usou-se o modelo de regressão logística binária multivariada, e o nível de significância adotado foi de p <0,05. As análises foram realizadas utilizando o pacote estatístico Stata 13.0. Neste estudo, a prevalência encontrada de BPN foi de 22,4% (IC95% 17,5-28,0). Das seis variáveis incluídas na regressão logística, somente o número de consultas de pré-natal <6 semanas (OR=7,61), presença de intercorrências na gestação (OR=2,29), idade gestacional <37 semanas (OR=26,89) e o sexo do recém-nascido feminino (OR=2,67) permaneceram associados ao desfecho. O número de consultas de pré-natal >6, ausência de intercorrências na gestação, idade gestacional ≥37 semanas e o sexo do recém-nascido masculino apresentaram fator protetor à ocorrência de baixo-peso ao nascer. Os resultados aqui encontrados justificam a necessidade de desenvolver ações mais efetivas direcionadas para o público materno-infantil.
DOI: 10.12957/demetra.2019.43508
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