História de Capitalidade do Rio De Janeiro

Autores

  • Mauro Osório da Silva
  • Maria Helena Versiani

DOI:

https://doi.org/10.12957/cdf.2015.19711

Resumo

<doi>10.12957/cdf.2015.19711

Este artigo trata de uma característica singular da cidade do Rio de Janeiro no 
cenário da Federação brasileira: o fato dela ter se construído historicamente como o “eixo da capitalidade” do país ou como a sua “cidade-capital”, conforme expressões do historiador de arte e ex-prefeito de Roma, Giulio Argan (1964). Na perspectiva de Argan, todos os países possuem uma cidade que é a sua referência internacional e que não necessariamente é também a sua Capital burocrática. Assim, quando pensamos nos Estados Unidos, tendemos a pensar em Nova York e não em Washington; quando pensamos na Austrália, lembramos de Sidney e não de Camberra. Nas palavras da historiadora Marly Silva da Motta (2001, p. 24), as cidades-capitais de Giulio Argan são “o lugar da política e da cultura, como núcleo da sociabilidade intelectual e da produção simbólica, representando, cada uma a sua maneira, o papel de foco da civilização, núcleo da modernidade, teatro do poder e lugar de memória”.

Filiados a essa premissa analítica, reconhecemos a cidade do Rio de Janeiro como a 
cidade-capital do Brasil. E tal característica, a nosso ver, coloca-se como um elemento-
chave para o entendimento da trajetória da cidade e do estado do Rio de Janeiro, que 
interfere decisivamente no processo de definição de políticas públicas e de estratégias 
econômicas para a região.

Resumidamente, duas questões orientam a análise aqui apresentada: 1) Quais 
experiências e condições históricas contribuíram para que a cidade do Rio de Janeiro 
despontasse como o eixo da capitalidade brasileira? 2) Como e por que essa condição de 
cidade-capital influenciou e ainda influencia a trajetória econômica da cidade e do estado do Rio de Janeiro?

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Como Citar

da Silva, M. O., & Versiani, M. H. (2016). História de Capitalidade do Rio De Janeiro. Cadernos Do Desenvolvimento Fluminense, (7), 75–90. https://doi.org/10.12957/cdf.2015.19711

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Artigos