FANTASIA MATERIALISTA EM ORDEM VERMELHA: FILHOS DA DEGRADAÇÃO

Conteúdo do artigo principal

George Augusto do Amaral

Resumo

Neste artigo busco analisar o romance Ordem Vermelha: Filhos da Degradação a partir de uma perspectiva da crítica materialista, defendendo que, tanto em relação à forma quanto ao conteúdo, a obra rompe com as características de uma Fantasia literária clássica, aproximando-se do que Fredric Jameson classifica como Fantasia Materialista. Além disso, abordo a maneira com que o romance se encaixa no pressuposto de um tipo de arte de cunho político e pedagógico produzida em um contexto pós-moderno, no qual questões espaciais se sobrepõem às temporais, traçando um mapeamento cognitivo da realidade pelo viés do fantástico. Por fim, busco refletir a respeito do tema das metanarrativas, tema elaborado dentro da história do romance, mostrando que o autor não desqualifica a validade dessas narrativas mestras, mas reflete e alerta a respeito da importância da consciência social para que seja possível perceber as contradições e ideologias que nos cercam.

Detalhes do artigo

Como Citar
Amaral, G. A. do. (2018). FANTASIA MATERIALISTA EM ORDEM VERMELHA: FILHOS DA DEGRADAÇÃO. Abusões, 7(7). https://doi.org/10.12957/abusoes.208.35342
Seção
O fantástico brasileiro na contemporaneidade (1980 – 2018)
Biografia do Autor

George Augusto do Amaral, Universidade de São Paulo

É bacharel em Publicidade e Propaganda pela ECA-USP, especialista em Roteiro Audiovisual pela PUC-SP e Mestre em Letras - Teoria Literária e Literatura Comparada pela FFLCH-USP. Sua pesquisa atual tem como objeto a Cultura Pop (literatura, cinema e quadrinhos), analisada sob a ótica da Crítica Materialista, Teoria Literária e Psicanálise, com a intenção de identificar como os estranhamentos proporcionados por essa arte permitem ao receptor uma ressignificação da realidade.