Os governos do PT e as agências de rating: os percalços de treze anos de relação

Autores

  • Pedro Lange Netto Machado Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.12957/cesp.2017.33693

Resumo

Este artigo analisa a relação entre os governos do PT e as agências de rating. Diante de uma realidade em que agendas de esquerda são vistas como de maior risco pelo mercado financeiro, propõe-se o argumento de que as agências de rating exerceram maior pressão, atuando como agentes disciplinadores em prol dos interesses do mercado financeiro, nos dois momentos em que vislumbraram a possibilidade de abandono dos preceitos neoliberais macroeconômicos por parte dos governos petistas. Essa hipótese é trabalhada a partir da análise dos movimentos do rating brasileiro e de declarações tanto das agências quanto do governo, que, posteriormente, são confrontados com a literatura especializada acerca da política econômica implementada pelos governos do PT. Uma vez comprovada, este artigo contribui para uma maior compreensão acerca da viabilidade de governos de esquerda em meio às pressões exercidas pelo mundo financeiro.

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Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

Artigos