O PROFESSOR-PESQUISADOR E SEUS MULTILETRAMENTOS APLICADO AO ENSINO: CONSTRUÇÃO DA ARSANDBOX E SEU USO NA GEOGRAFIA

Autores

  • Rodrigo Batista Lobato Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade Veiga de Almeida https://orcid.org/0000-0002-3449-5377
  • Raphael Rodrigues Brizzi Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro - IFRJ
  • Francisco Carlos Moreira Gomes Universidade Federal de Juiz de Fora

Palavras-chave:

Geotecnologias e ensino, Multiletramentos, Cartografia escolar, Ferramentas didáticas, Caixa de Areia.

Resumo

Atualmente, devido ao avanço das tecnologias alinhadas com a própria mudança assimilada pela sociedade advinda da adoção destes equipamentos no cotidiano, o ambiente escolar que não está isolado em meio a tudo isso, faz com que o profissional de educação tenha de fazer uso destes equipamentos, uma vez que seus alunos atualmente das gerações Z e Alpha tem uma forte ligação com esses equipamentos eletrônicos. Neste sentido a Geografia, alinhada com as geotecnologias ocupa um papel de centralidade da adoção, aplicação e desenvolvimento de tais ferramentas didáticas, contudo tem sua capacidade subutilizada uma vez que os cursos de licenciatura ainda não foram capazes de assimilar essa nova realidade, uma vez que há uma profunda deficiência no processo de Letramento do licenciando em desenvolver a aplicar tais ferramentas tecnológicas. Dentre as ferramentas tecnológicas mais versáteis atualmente, para o ensino de Geografia, se encontra as caixas de realidade aumenta que permitem a modelagem do relevo e de processos geomorfológicos de forma interativa, o permite uma maior percepção e assimilação do conteúdo pelos alunos. Diante disso o presente artigo tem como objetivo centra a discussão do processo de multiletramentos necessários para o desenvolvimento e construção e aplicação de uma Caixa de realidade aumentada para o ensino de Geografia. Ocupando-se em apresentar os desafios e potencialidades quanto ao embasamento teórico pedagógico, o processo de construção da caixa e aquisição de equipamentos, programação e ajuste do algoritmo para o funcionamento, e por fim, a aplicação em sala de aula.

Biografia do Autor

Rodrigo Batista Lobato, Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade Veiga de Almeida

Possui Licenciatura em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2011); mestrado em Engenharia Cartográfica pelo Programa de Pós Graduação do Instituto Militar de Engenharia (2014); e doutorando pelo Programa de Pós Graduação em Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, inserido no Laboratório de Cartografia (GEOCART UFRJ). Atualmente é Tutor à distância de Geomorfologia Continental do CEDERJ; Coordenador do Curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Veiga de Almeida, atuando também como docente das disciplinas Cartografia Básica e Temática; Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto; Cartografia Cultural; Geografia Cultural; Prática e Pesquisa em Geografia, além de ser responsável pelo grupo de estudo PANGEA. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Cartografia e Geoprocessamento, atuando principalmente nos seguintes temas: Cartografia no Ensino de Geografia; Letramentos na Cartografia; Práticas de Letramento Cartográfico; Letramentos na Geografia; Cartografia Aplicada as Análises Ambientais; Uso das Geotecnologias Aplicadas aos Desastres Naturais.

Raphael Rodrigues Brizzi, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro - IFRJ

Possui graduação em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2013), mestrado em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro com ênfase em Gestão e Estruturação do Espaço Geográfico (2015). É Professor EBTT do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ) do Campus Arraial do Cabo e coordenador do Laboratório de Ciências Ambientais (LabCAM). Atua na Pós-Graduação em Ciências Ambientais em Áreas Costeiras e no curso técnico em Meio Ambiente. Atualmente é doutorando do programa de Pós-Graduação em Solos e Nutrição de Plantas da ESALQ-USP sob orientação do professor Pablo Vidal Torrado desenvolvendo pesquisas sobre a gênese de Plintossolos Pétricos e evolução de couraças ferruginosas no Tocantins - TO. Possui experiência nas seguintes linhas de pesquisa: Evolução das interações pedogeomorfológicas; Manejo de bacias hidrográficas; físico-química de solo; erosão e degradação.

Francisco Carlos Moreira Gomes, Universidade Federal de Juiz de Fora

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (2018). Atualmente é mestrando pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Juiz de Fora. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geoprocessamento, atuando principalmente nos seguintes temas:Geografia, análise ambiental, Cartografia Histórica, análise espacial. Possui noções de carpintaria, marcenaria, mecânica e desenvolvimento de software relacionados ao grande campo das Ciências da Terra.

Referências

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Publicado

2023-12-21

Como Citar

Lobato, R. B., Brizzi, R. R., & Gomes, F. C. M. (2023). O PROFESSOR-PESQUISADOR E SEUS MULTILETRAMENTOS APLICADO AO ENSINO: CONSTRUÇÃO DA ARSANDBOX E SEU USO NA GEOGRAFIA. Humboldt - Revista De Geografia Física E Meio Ambiente, 1(4). Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/humboldt/article/view/52778