Corpos e Territórios
DOI:
https://doi.org/10.12957/emconstrucao.2019.39364Resumo
Este artigo discute as relações entre ações coletivas de gênero frente às tecnologias de base biotecnológica, ressaltando algumas questões éticas, epistêmicas e políticas que permeiam a aplicabilidade dessas tecnologias e seus impactos na vida das mulheres. Para isto desenvolvemos um paralelo entre as biotecnologias na área biomédica (“vermelhas”) e agroindustrial (“verdes”), discorrendo sobre dois casos específicos envolvendo ações coletivas de mulheres no Brasil: medicalização/parto natural e agricultura industrial /camponesa. Neste texto, traremos elementos para pensar não apenas nas implicações negativas, mas principalmente para entender novas formas de reação e resistência das mulheres, mobilizando conceitos a partir das epistemologias feministas e dos estudos sociais da ciência e tecnologia, como: conhecimentos situados e corpo-território, corpo-política do conhecimento; e apontando elementos teóricos para discussão de questões referentes à ética, legitimidade, parcialidade e descolonialidade dos conhecimentos tecnocientíficos.
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