pensamento a dois – filosofia, pensamento crítico e comunidade de investigação
Palavras-chave:
Philosophy for Children, Critical Thinking, Community of Inquiry, PhilosophyResumo
Os partidários do movimento de filosofia para crianças afirmam freqüentemente que a filosofia é a matéria para ensinar às crianças se desejamos melhorar seu pensamento crítico. Afirmando que somente a filosofia abarca o conjunto do empreendimento do pensamento crítico, e que somente ela ensina a metacognição, esses autores estão a favor de sua inclusão nos planos de estudos do ensino fundamental e médio. Contudo, se considerarmos uma descrição bastante aceita do pensamento crítico como uma atividade que requer tanto aptidão como disposição, a disciplina de filosofia, independentemente de qualquer pedagogia particular, ela não oferece por si só a capacidade de melhorar todos os aspectos do pensador crítico. De fato, se estivesse acompanhada de uma pedagogia “incorreta”, o ensino de filosofia não faria nada para estimular a disposição do pensar criticamente. A pedagogia da comunidade de investigação, sem dúvida, estimula tal disposição, inclusive independentemente de seu uso no ensino da filosofia. Como modelo público de processo de pensamento crítico, esta pedagogia atua como “veículo de entretenimento” do pensar crítico, permitindo ao indivíduo que observe e participe do processo. A expectativa do educador é que a exposição ao modelo, em seu devido tempo, ceda lugar à sua internalização. Enquanto a filosofia em si mesma pode não melhorar a aptidão ou a disposição crítica, a natureza da disciplina permite de maneira única a prática eficiente, produtiva, e estendida da comunidade de investigação em um contexto educativo. E é este o vínculo indireto entre a filosofia e o pensamento crítico, um vínculo mediado pela pedagogia da comunidade de investigação, que deveria ser citado por aqueles que propõem a filosofia para crianças.Downloads
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Publicado
2011-01-31
Como Citar
FISHERMAN, Daniel. pensamento a dois – filosofia, pensamento crítico e comunidade de investigação. childhood & philosophy, Rio de Janeiro, v. 6, n. 12, p. pp.211–227, 2011. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/20544. Acesso em: 9 maio. 2025.
Edição
Seção
artigos