Atividade antinociceptiva e anti-inflamatória do extrato hexânico de "Echinodorus macrophyllus" (Kunth) Micheli em camundongos

Resumo

Introdução: Echinodorus macrophyllus (Kunth) Micheli, Alismataceae,
conhecida como chapéu de couro, é utilizada no
tratamento de diversas condições inflamatórias. O objetivo
do estudo foi avaliar o potencial antinociceptivo e anti-inflamatório
neurogênico e realizar a análise fitoquímica de seu extrato hexânico (EHEm). Material e métodos: O EHEm foi obtido por maceração das folhas em hexano (100 g p.s./2 L). Sua composição foi determinada por GC-MS (coluna DB1)

por comparação dos índices de retenção do banco de dados
e da literatura. O potencial antinociceptivo foi avaliado em
camundongos SW ou DBA/1 machos, utilizando modelos
de nocicepção química (ácido acético; formalina), térmica
(teste de imersão da cauda; placa quente) e tópica (xileno),
aprovados pelo comitê de ética (CEA-IBRAG). Resultados: O
EHEm apresentou atividade antinociceptiva nos modelos de:
contorções induzidas pelo ácido acético (52%; 25 mg/kg); teste
de imersão da cauda (60 e 90 min; 50 mg/kg); placa quente em
60 min (25 e 100 mg/kg) e 120 min (25 mg/kg); formalina, na
fase neurogênica (63,4%, 100 mg/kg) e na inflamatória (50%;
50 e 100 mg/kg); e na inflamação neurogênica induzida pelo
xileno (88,3%; 100 mg/kg). Estas atividades parecem estar
relacionadas aos derivados de terpeno e ácidos graxos evidenciados
por GC-MS. Discussão: O EHEm apresentou atividade
antinociceptiva por mecanismos centrais e periféricos, além
de anti-inflamatória. É composto por derivados terpênicos e
de ácidos graxos, descritos na literatura como antioxidantes,
anti-inflamatórios e antinociceptivos. Conclusões: O EHEm
mostrou atividade antinociceptiva em todos os modelos, a
qual pode estar relacionada à presença de derivados terpênicos
e de ácidos graxos.

Descritores: Echinodorus macrophyllus; Nocicepção; Inflamação
neurogênica; Fitoquímica.