Percursos de criação em um design com o mundo
DOI:
https://doi.org/10.12957/arcosdesign.2025.90235Palavras-chave:
Design de Fronteira, Processos criativos, Experiência, AutoformaçãoResumo
Neste artigo nos debruçamos sobre o entendimento de que criamos, essencialmente, a fim de nos relacionarmos com um mundo em constante reconstrução. Nesse percurso, nos formamos e reformamos a partir das vivências com nossos pares e o ambiente, interpondo um mundo interno com a realidade que existe para além de nós. Não são raros os momentos, porém, em que essa força motriz é preterida no fazer do designer gráfico, em prol de processos já delimitados e reprodutíveis. Para que se dê uma troca significativa entre nosso fazer e o mundo, é preciso abrir frestas nos caminhos murados dos processos criativos, nos possibilitando desvencilhar de pressupostos sulcados no saber. A partir de revisão literária e exemplos de vivências práticas, percebemos a experiência, a subjetividade e a expansão das fronteiras do design como potenciais germinadores de percursos múltiplos de criação, íntimos e plurais, nos entendendo indivíduos afetados pelo mundo e construindo novas relações a partir dele.
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