Invenção gráfica e subsistência marginal na geração mimeógrafo
modos de produção nos livros autopublicados de Nicolas Behr (1977-1979)
DOI:
https://doi.org/10.12957/arcosdesign.2025.86813Palavras-chave:
Geração mimeógrafo, Nicolas Behr, autopublicação, processos de impressão, memória gráficaResumo
Este artigo aborda um recorte da produção da geração mimeógrafo, movimento composto por poetas que se auto publicaram na década de 1970 no Brasil, em um contexto de censura imposta pela Ditadura Militar. O trabalho estuda os cinco primeiros livros de Nicolas Behr (1977-1979), poeta cuiabano radicado em Brasília, analisados por meio de edição fac-símile, lançada em 2018. Como procedimentos metodológicos valemo-nos da Micro-História (BARROS, 2007), por meio de entrevistas temáticas com o autor, fundamentadas na História Oral (ALBERTI, 2005), além de análise observacional dos livros. Buscou-se compreender, por meio de aspectos do design, os processos envolvidos na produção de Behr e de que modo se vinculam ou contradizem as noções ligadas à geração mimeógrafo e à cultura marginal do Brasil na década de 1970, procurando demonstrar a relevância da cultura material, em especial dos artefatos gráficos como suporte para as discussões no campo sociocultural e político.
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