A revolução sexual antes da Revolução Sexual. Discursos dos médicos libertários sobre o prazer (Argentina, 1930 – 1940)

Autores

  • Nadia Florencia Ledesma Prietto Centro Interdisciplinario de Investigaciones en Género- Instituto de Investigaciones en Humanidades y Ciencias Sociales/CONICET- Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación- Universidad Nacional de La Plata- CONICET

Palavras-chave:

anarquismo, discurso médico, Revolução Sexual, prazer sexual, Argentina

Resumo

Este artigo explora as narrativas médicas anarquistas relativas ao prazer sexual durante os anos trinta e quarenta, na Argentina. A abordagem das intervenções dos médicos Juan Lazarte e Manuel Martín Fernández nos permite nuançar periodizações sobre o discurso sexológico e a Revolução Sexual. Estes médicos, que participaram do movimento anarquista, defenderam a legitimidade do prazer sexual independente da reprodução e se opuseram à instituição do casamento e a prostituição como as únicas áreas aceitas para o exercício sexual. Ou seja, eles anteciparam propostas consideradas basilares da Revolução Sexual dos anos 1960. Além disso, ao definir os vínculos sexuais, recriaram exclusões a partir da matriz heterossexual que lhes servia de alicerce. Através das ferramentas de Análise Crítica do Discurso e de uma perspectiva de gênero nos propomos analisar as suas narrativas médicas divulgadas em livros e revistas culturais.

Biografia do Autor

Nadia Florencia Ledesma Prietto, Centro Interdisciplinario de Investigaciones en Género- Instituto de Investigaciones en Humanidades y Ciencias Sociales/CONICET- Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación- Universidad Nacional de La Plata- CONICET

Doctora en Historia (UNLP)- Becaria Posdoctoral CONICET- Ayudante Diplomado Cátedra Metología de la Investigación Histórica (FaHCE-UNLP)

Publicado

2017-08-29

Edição

Seção

Artigos