TEORIA A PARTIR DA (SEMI) PERIFERIA? AS INTERPRETAÇÕES DE WANDERLEY GUILHERME DOS SANTOS E JESSÉ SOUZA SOBRE A CRISE DA DEMOCRACIA BRASILEIRA E O GOLPE DE 2016

Autores

Palavras-chave:

Golpe de 2016, teoria social e política, autoritarismo, pensamento político brasileiro.

Resumo

Este artigo analisa em perspectiva comparada as interpretações de Wanderley Guilherme dos Santos (2017) e Jessé Souza (2016) sobre a crise da democracia brasileira e o golpe de 2016, que retirou a presidente Dilma Rousseff (PT) da presidência da República em agosto daquele ano. Para tanto, examinaremos as obras A democracia impedida, de Wanderley Guilherme, e Radiografia do golpe, de Jessé Souza. Através da comparação, procuramos sustentar que, apesar dos objetivos comuns em produzir teoria de alcance global e uma leitura moderna da realidade política brasileira, apenas a obra de Wanderley Guilherme consegue alcançar os objetivos de modo pleno, pois constrói uma relação equilibrada entre teoria e história; formula uma análise que perfaz a institucionalidade política sem reproduzir o tradicional dualismo com a sociedade; estabelece exemplos internacionais de ruptura democrática que rompem com o nacionalismo metodológico; desconstrói essencialismos ou singularidades políticas brasileiras; baseia-se em uma concepção crítica, descolonizada e não teleológica da democracia; e oferece teorização sobre o golpe parlamentar que permite compreender o fenômeno político em países periféricos e cêntricos.

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Biografia do Autor

Marcos Abraão Ribeiro, Instituto Federal de Ciência e Tecnologia Fluminense - IFFluminense

Sociólogo e jornalista, professor de Sociologia do Instituto Federal Fluminense - IFF campus Campos Centro, mestre e doutor em Sociologia Política pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - Uenf. Seus temas de interesse são teoria social, pensamento social brasileiro, relações raciais, política da ação afirmativa, sociologia dos intelectuais, modernização brasileira e periférica, Florestan Fernandes, Fernando Henrique Cardoso. Atualmente, coordena pesquisa sobre a implantação de política de ação afirmativa no campus Centro do Instituto Federal Fluminense, bem como o grupo de estudos questão racial e nacionalidade no Núcleo de Estudos Africanos e Indígenas - NEABI, sendiado no referido campus.

 

Roberto Dutra , UENF

Professor Associado do Laboratório de Gestão e Políticas Públicas (LGPP), na Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF). Doutor em Sociologia pela Humboldt Universität zu Berlin, mestre em Políticas Sociais pela UENF. Foi Diretor de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia no IPEA. Membro associado da Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS) e da Red Latinoamericana Systemas Sociales y Complejidad (RELASSC). Temas de pesquisa: teoria social, sociologia da estratificação social, teoria da modernidade, teoria dos sistemas, sociologia da administração pública e sociologia da religião. É bolsista de produtividade do CNPQ (PQ-2) e Jovem Cientista do Nosso Estado FAPERJ, com cujo financiamento conduz o projeto de pesquisa: Teoria social sistêmica das desigualdades sociais. Principais livros: Teoria sistêmica da desigualdade (2023) e Funktionale Differenz.

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Publicado

24.10.2025

Como Citar

RIBEIRO, Marcos Abraão; DUTRA TORRES JUNIOR, Roberto. TEORIA A PARTIR DA (SEMI) PERIFERIA? AS INTERPRETAÇÕES DE WANDERLEY GUILHERME DOS SANTOS E JESSÉ SOUZA SOBRE A CRISE DA DEMOCRACIA BRASILEIRA E O GOLPE DE 2016. Cadernos de Estudos Sociais e Políticos, Rio de Janeiro, v. 13, n. 25, 2025. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/CESP/article/view/87484. Acesso em: 24 nov. 2025.

Edição

Seção

Dossiê Wanderley Guilherme dos Santos