O QUE CONTAM OS SAMBISTAS DE MADUREIRA E OSWALDO CRUZ SOBRE AS RODAS DE SAMBA NOS QUINTAIS DA PERIFERIA SUBURBANA
DOI:
https://doi.org/10.12957/periferia.2013.15322Palavras-chave:
Samba, quintais, subúrbio, periferia.Resumo
Cristina da Conceição Silva
DOI: 10.12957/periferia.2013.15322O presente artigo visa abordar as contribuições culturais do negro na cidade do Rio de Janeiro, a partir dos encontros festivos, acompanhados de comidas e rodas de samba, nos quintais suburbanos de Madureira e Oswaldo Cruz. Para o seu desenvolvimento, abordaremos fatos que envolvem o advento da Reforma Urbana da cidade carioca, que teve início em 1903, com o Prefeito Pereira Passos, incentivada pelo presidente Rodrigues Alves. O presidente levantou os recursos e o prefeito pôde realizar as obras e a higienização da cidade ficou nas mãos do médico Oswaldo Cruz, diretor do Serviço de Saúde Pública. A reforma urbana carioca foi inspirada na reforma feita em Paris no século XIX, entre 1853 e 1870, e ficou conhecida como Bota-Abaixo. Em sua gestão, Passos modernizou a Zona Portuária, criou a Avenida Central (hoje Rio Branco) a Avenida Beira-Mar e a Avenida Maracanã. Esse episódio provocou o deslocamento dos negros que viviam no centro da cidade, pela malha ferroviária, para a geografia suburbana. Esses grupos étnicos, frente à ausência de políticas de entretenimento na geografia suburbana, fazem de seus quintais um espaço de convivência, onde o ritmo do samba, iguarias e encontros entre amigos funcionam como elementos de socialização. Para o desenvolvimento deste artigo foram utilizadas bibliografias acerca da temática e das narrativas dos sambistas moradores dos bairros de Madureira e Oswaldo Cruz.
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