n. 25 (2022): Novos paradigmas de desenvolvimento para a América Latina: (re)emergência étnica e resistência indígena no tempo presente.

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As promessas de "progresso", "desenvolvimento" e "integração social", mobilizadas pelas elites da América Latina para justificar a construção de Estados nacionais modernos, não se cumpriram para a maioria da humanidade. No que diz respeito aos povos originários, as reformas neoliberais contribuíram para a destruição das organizações comunitárias e para a liquidação da propriedade social da terra. Contudo, nas últimas décadas, os movimentos étnicos revelaram-se  laboratórios políticos com imenso potencial de luta contra o colonialismo interno e o monstro bicéfalo Estado-Mercado. Levando em conta a multiplicidade de experiências de vida singulares e com objetivos variados, os movimentos indígenas, em que pesem as especificidades de suas demandas, afastam-se de todo universalismo homogeneizante para construir um mundo em perspectiva, que possa englobar vários mundos.

O dossiê reuniu artigos que tratam da temática dos movimentos indígenas na América Latina no Tempo Presente e suas propostas alternativas de desenvolvimento para o continente. O enfrentamento da Hidra capitalista; a transformação e a reinvenção das estruturas ancestrais; a busca de uma relação harmônica do homem com a natureza e entre os seres humanos; o estabelecimento de diálogos interculturais são alguns eixos norteadores que nos permitem pensar o processo em curso de desnaturalização das práticas de colonização e de eliminação do complexo de dependência sobre o qual se sustenta a existência do sujeito colonizado.

Publicado: 2022-08-31

Expediente

Apresentação

  • NOVOS PARADIGMAS DE DESENVOLVIMENTO PARA A AMÉRICA LATINA: (RE)EMERGÊNCIA ÉTNICA E RESISTÊNCIA INDÍGENA NO TEMPO PRESENTE

    Alessandra Gonzalez de Carvalho Seixlack, Fernando Luiz Vale Castro, Lays Corrêa da Silva
    6 - 10
    DOI: https://doi.org/10.12957/transversos.2022.69786
  • MOVIMENTOS SOCIAIS E MOVIMENTO INDÍGENA – ETNIA E CLASSE SOCIAL: caminhos que cruzam, mas não se confundem

    Poliene Soares dos Santos BICALHO
    11 - 32
    DOI: https://doi.org/10.12957/transversos.2022.68864
  • O TEMPO DA CULTURA E AS PERMANÊNCIAS INDIVIDUAIS E COMUNITÁRIAS EM CONTEXTOS DA AMAZÔNIA SUL OCIDENTAL.

    Luciana Eliza dos Santos, Beatriz Magalhães de Castro, Alexandre Anselmo dos Santos
    33 - 53
    DOI: https://doi.org/10.12957/transversos.2022.68798
  • VIOLÊNCIA ESTATAL E RESISTÊNCIA INDÍGENA NA PRIMEIRA REPÚBLICA E NA DITADURA CIVIL-MILITAR BRASILEIRA

    Breno Luiz Tommasi Evangelista
    54 - 72
    DOI: https://doi.org/10.12957/transversos.2022.69482
  • Ângelo Cretã e Jair de Oliveira: dois vereadores indígenas, a tutela do Estado e a emancipação

    João Gabriel da Silva Ascenso
    73 - 91
    DOI: https://doi.org/10.12957/transversos.2022.68010
  • SURUÍ-AIKEWARA: DAS REINVENÇÕES DITATORIAIS DA LÓGICA COLONIAL AOS LIMITES DA JUSTIÇA DE TRANSIÇÃO

    Alex Bruno Feitoza Feitoza Magalhães
    92 - 109
    DOI: https://doi.org/10.12957/transversos.2022.69475
  • ECOS DE WARISATA: A MOBILIZAÇÃO INDÍGENA NA BUSCA POR UMA CIDADANIA BOLIVIANA ATRAVÉS DA DIFERENÇA

    Bruno Azambuja Araujo
    110 - 131
    DOI: https://doi.org/10.12957/transversos.2022.68664

Experimentações

Entrevista

Artigos livres