O RIO NEGRO NO CARNAVAL
DOI:
https://doi.org/10.12957/tecap.2009.12167Palabras clave:
ESCOLAS DE SAMBA, CARNAVAL, AFOXÉ, CUCUMBIS, CAIAPÓS, SAMBA, NEGRITUDE, RELIGIOSIDADE.Resumen
DOI: http://dx.doi.org/10.12957/tecap.2009.12167
O carnaval é uma festa de origem brasileira? Senão, quais foram os seus primórdios? Além de responder estas duas questões iniciais, tenho a intenção de buscar a origem da participação da população negra, inicialmente escrava, nesta manifestação absolutamente popular e que hoje tem na sua base a integração racial e social, transformando-a para os olhos do mundo numa inequívoca demonstração de tolerância e convivência democrática. Além disto, destaco como parte importante do processo o sincretismo religioso, a influência da Igreja Católica e suas consequências. Acredito que esta convivência entre o sagrado e o profano, aliás, mais que convivência, diria mesmo o diálogo que se foi tornando uma marca brasileira, deu contornos definitivos a muitas das nossas manifestações folclóricas, à práxis carnavalesca e a sua mutação permanente. A inserção de pessoas e episódios da história não-oficial do Brasil é um importante trabalho que o carnaval tem desenvolvido ao longo do tempo, através de suas agremiações, sejam as chamadas grandes sociedades, ranchos, blocos ou escolas de samba, constituindo um fator de conhecimento e reconhecimento. Tal como um rio cujo volume aumenta à medida que avança, a contribuição da matriz negra da nossa nacionalidade vem acrescentando ao carnaval originalidade e vigor.
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