POLÍCIA É PROFISSÃO, POLICIAL É TRABALHADOR; NÃO É TROPA”. SOBRE A UTOPIA DO TRABALHO POLICIAL NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.12957/synthesis.2021.65834Palavras-chave:
Associativismo sindical, Movimentos sociais, Mobilização policial, Trabalho, PoliciamentoResumo
Nos últimos anos, policiais civis e policiais militares insatisfeitos têm se envolvido na formação de movimentos sociais e grupos de atuação em rede. O caso mais proeminente de resistência ao status quo policial no Brasil é o Movimento dos Policiais Antifascismo (MPAF). Argumentamos que o MPAF pode ser perspectivado como um novo formato de organização no conjunto das políticas do trabalho policial e no cenário brasileiro de mobilizações policiais, reclamando a participação destes profissionais na discussão sobre segurança pública no Brasil. Uma das singularidades do MPAF é a afirmação política da necessidade de reconhecer o/a policial enquanto trabalhador/a. Com base em análises documentais, mediáticas e a realização de entrevistas semiestruturadas, o presente texto visa interpretar o que está em jogo quando integrantes do MPAF reclamam a categoria de trabalhador. Os integrantes se movem entre a gramática do associativismo sindical clássico de movimentos de trabalhadores e a produção de um imaginário utópico do trabalho policial e do trabalhador polícia. Concluímos que a noção de polícia e policiamento construída por este movimento progressista embrionária nas polícias brasileiras desafia teorias sobre a polícia e se configura, como outros, em processos de democratização, descolonização e desenvolvimento.
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