A “GUERRA” DE 22: E ASSIM SE PASSARAM CEM ANOS (1922-2022)
DOI:
https://doi.org/10.12957/synthesis.2021.65829Palavras-chave:
Modernidade, Geração de 22, Tenentismo, Guerra culturalResumo
O centenário da independência em 1922 foi comemorado em meio a uma conjuntura marcada por “guerras” nos mais variados setores da sociedade brasileira. A proposta deste texto é analisar essas disputas que tiveram como pano de fundo a busca por uma nova nação sintonizada com as transformações do século XX. O que eu chamo de guerra cultural entre Rio de Janeiro e São Paulo teve como objetivo a conquista do papel de “farol” a guiar o que deveria ser este Brasil moderno. Essa disputa entre as duas maiores cidades do país rebateu no âmbito econômico, e colocou em xeque a tradicional supremacia industrial do então Distrito Federal (Rio de Janeiro) diante do crescimento acelerado da industrialização de São Paulo, considerada a “locomotiva do progresso”. No cenário político, as eleições presidenciais de março de 1922 fugiram ao padrão tradicional de “rivalidade limitada”, e incorporaram, ao jogo eleitoral, novos atores – as “massas urbanas” das grandes cidades e os militares, os ditos “tenentes” – que passaram a ameaçar esse padrão instalado desde Campos Sales. O centenário da independência acabou sendo celebrado em um cenário repressivo, onde as liberdades públicas, inclusive a liberdade da imprensa, foram restringidas por meio do estado de sítio imposto pelo então presidente Epitácio Pessoa.
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