TERRITÓRIOS DESIGUAIS – RACISMO E O ACESSO À CIDADE
DOI:
https://doi.org/10.12957/synthesis.2016.46031Palavras-chave:
Política de Urbanização, Habitação, Racismo, PAC, Trabalho SocialResumo
O presente texto pretende refletir sobre a invisibilização do debate sobre o racismo, e da discriminação racial, na elaboração e execução das políticas públicas de habitação e urbanização na cidade do Rio de Janeiro. Para tal, faz um breve mapeamento de suas políticas urbanas no pós-abolição e aborda mais especificamente as ações do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, através do Trabalho Técnico Social, cuja demanda foi dada pelo Estatuto das Cidades, no que se refere à relação entre a referida política e a integração/articulação com os moradores dos territórios. A análise que tem como base a sistematização de uma experiência de trabalho que ocorreu entre os anos de 2011 e 2013 parte do pressuposto de que o racismo é um elemento estrutural das relações sociais no Brasil, e atua diretamente na produção e reprodução das desigualdades e na conformação da pobreza no país, constituindo-se como elemento basilar para elaboração das atuais políticas urbanas, particularmente aquelas que incidem de forma mais direta sobre a população negra e pobre das favelas.
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