Depressão: epidemiologia e abordagem em cuidados primários de saúde
Resumo
Na maioria dos estudos de comunidade no Brasil e no mundo, a prevalência de depressão em um ano ficou na faixa de 8 a 12%, havendo associação com ser mulher e solteira, com o pico de prevalência no final da meia-idade. Em cuidados primários, a prevalência de depressão chegou a 16% no Rio. Utilizando-se a medida mais ampla de “morbidade psiquiátrica menor” ou “transtornos mentais comuns”, fica-se em torno de 50%. Os Episódios Depressivos foram a principal causa de incapacidade (ou seja, sem incluir o impacto da mortalidade), em medidas internacionais, desde 1990, tanto para homens e mulheres, como para países desenvolvidos ou não. O índice de reconhecimento de depressão pelos clínicos gerais situa-se em torno de 42%. Os casos graves e com maior incapacidade social e os com apresentação psicológica seriam mais facilmente identificados pelos clínicos. Os estudos de intervenções demonstram a efetividade da ênfase nas primeiras semanas de tratamento da depressão, com o estabelecimento de um plano terapêutico e cuidados para a garantia da adesão. O papel do “médico pessoal”, garantindo o seguimento longitudinal do paciente, como na Estratégia da Saúde daFamília, no Brasil, possibilita a atuação junto aos aspectos psicossociais da clientela.Downloads
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