Ultrassonografia de alta frequência (22 MHz) na avaliação dos tumores malignos cutâneos

Autores

  • Elisa O. Barcaui Programa de Pós-graduação Strictu Sensu em Radiologia. Faculdade de Medicina. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Antônio Carlos P. Carvalho Departamento de Radiologia. Programa de Pós-graduação em Medicina. Faculdade de Medicina. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Juan Piñeiro-Maceira Departamento de Dermatologia e Anatomia Patológica. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Carlos B. Barcaui Disciplina de Dermatologia. Departamento de Especialidades Médicas. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.12957/rhupe.2014.12253

Resumo

A pele é um órgão extenso que, por ocupar a superfície corporal, possibilita a realização de procedimentos diagnósticos e investigativos não invasivos. Com o crescente aumento da incidência dos tumores cutâneos (melanoma e não melanoma), especialmente em indivíduos jovens, tornou-se um desafio estabelecer um diagnóstico correto visando identificar as lesões malignas, eliminar os procedimentos cirúrgicos desnecessários e minimizar problemas inestéticos provenientes da conduta terapêutica. Neste contexto, novos métodos de imagem estão sendo desenvolvidos. Técnicas como a dermatoscopia, a microscopia confocal e o ultrassom de alta frequência (Usaf) possibilitam o estudo, em tempo real, das lesões cutâneas, tornando-se excelentes ferramentas pré-operatórias. Contudo, estes métodos variam consideravelmente, quando avaliamos sua penetração, resolução e aplicabilidade. A dermatoscopia é um exame complementar de grande impacto na prática dermatológica que possibilita diferenciar lesões cutâneas malignas de benignas precocemente. Com este recurso é possível avaliar a extensão da lesão nos eixos longitudinal e transverso. No entanto, determinar sua profundidade e eventual invasão de estruturas adjacentes, como cartilagem e músculo, baseando-se apenas na avaliação clinico dermatoscópica é inviável. O recente desenvolvimento de aparelhos de ultrassom com frequência maior que 15 MHz tornou possível a identificação das diferentes camadas e estruturas da pele e anexos, ampliando consideravelmente seu uso nas condições dermatológicas. Com o Usaf, consegue-se delimitar a margem tumoral pela diferença de refração entre a área tumoral hipoecoica e a região perilesional, hiperecoica. Paralelamente, o estudo com Doppler colorido permite a avaliação da vascularização tumoral, sua natureza e distribuição. Desta forma, o Usaf proporciona o estudo das lesões cutâneas tumorais, pois reconhece a lesão, fornece sua exata dimensão, localização e padrão vascular, além de identificar as camadas cutâneas e estruturas adjacentes envolvidas, de forma não invasiva.

Descritores: Ultrassonografia; Neoplasias; Pele; Diagnóstico.

 

Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2014;13(Supl. 1):61-69

doi: 10.12957/rhupe.2014.12253

Publicado

2014-08-05