Perfil clínico e aspectos da espectroscopia por ressonância magnética na progressão da Doença de Parkinson em pacientes ambulatoriais: abordagem descritiva preliminar
DOI:
https://doi.org/10.12957/rhupe.2016.22355Resumo
A doença de Parkinson (DP) caracteriza-se por um processo neurodegenerativo de causa desconhecida que acomete a substância negra reduzindo os neurônios dopaminérgicos em torno de 60 a 70%, ocasionando as manifestações motoras da doença. Os exames de neuroimagem como PET e SPECT contribuem para o esclarecimento diagnóstico da DP, porém, com grandes limitações devido ao seu alto custo. Já a Ressonância magnética Nuclear (RM), embora não específica, pode ser de utilidade para a investigação diagnóstica. Assim, estudos específicos de RM como volumetria, tensor de difusão, ressonância magnética funcional e espectroscopia de prótons por ressonância magnética (EMR) podem ser úteis no diagnóstico diferencial da doença. Diante disso, propõe-se neste estudo descrever o perfil clínico de pacientes ambulatoriais com DP e os achados de imagem por RM comumente realizados na DP, enfatizando-se a ERM. Foram avaliados clinicamente voluntários com DP quanto aos sintomas motores e não motores, sexo, idade e caracterização das fases de acordo com o tempo de doença. Seguiu-se a realização da RM com análise da ERM, que mostrou alterações na relação Naa/Cr, com redução desta em grande parte dos participantes nas fases inicial e moderada da doença. A identificação de alterações dos metabólitos cerebrais, principalmente a redução da relação Naa/Cr no estriado, possivelmente poderá estar relacionada a distúrbios motores característicos da DP. Apesar disso, não se pode tirar maiores conclusões sem estudos mais específicos, embora haja grande possibilidade de utilização da ERM no campo de pesquisa e estudos amostrais. Sua análise individual, entretanto, deve ser interpretada com cautela na prática clínica.
Descritores: Doença de Parkinson; Ressonância magnética nuclear; Espectroscopia de Ressonância Magnética.