Valorizado mas sem valor? Remuneração afetiva, reprodução social e política feminista para além da crise
DOI:
https://doi.org/10.12957/dep.2017.30226Palavras-chave:
Reprodução social, Remuneração afetiva, Financeirização, Trabalho afetivo, Voluntariado, Valorização, Feminismo / Social reproduction, Affective remuneration, Financialisation, Affective labour, Volunteering, Valorisation, Feminism.Resumo
DOI: 10.1590/2179-8966/2017/30226
Emma Dowling
Middlesex University London, Londres, Inglaterra
Versão original: Valorised but not valued? Affective remuneration, social reproduction and feminist politics beyond the crisis. Revista British Politics, vol. 11, edição 4, dez. 2016, p. 452-468.
Tradução:
Glenda Vicenzi
Mestranda em Teoria e Filosofia do Direito do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. E-mail: glendavicenzi@gmail.com
Resumo
Este artigo propõe uma distinção analítica entre os modos de valorização e os modos de atribuir valor à reprodução social, para sugerir que um conflito entre esses dois modos opostos está no centro de uma crise em curso da reprodução social em face de suposta recuperação econômica, na qual o trabalho reprodutivo não pago constitui uma fonte de mais-valor. O imperativo sistêmico para expandir mercados em busca de lucratividade caminha lado a lado com um processo de perda de valor da reprodução social, o que se dá tornando esse trabalho invisível ou exteriorizando seus custos. Este artigo analisa as especificidades desse processo no contexto contemporâneo da Grã-Bretanha e investiga o papel do estado, focando no voluntariado e nas novas formas de “remuneração afetiva” ligadas à financeirização e na conexão entre reprodução social e extração de riqueza. Na conclusão, o artigo delineia os contornos de possíveis contra-práticas informadas por uma política feminista.
Palavras-chave: Reprodução social; Remuneração afetiva; Financeirização; Trabalho afetivo; Voluntariado; Valorização; Feminismo.
Abstract
This paper proposes an analytical distinction between modes of valorising and modes of valuing social reproduction to suggest that a conflict between these two opposing modes lies at the heart of an on-going crisis of social reproduction in the face of purported economic recovery, where unpaid reproductive labour constitutes a source of surplus value. A systemic imperative to expand markets in the pursuit of profitability goes hand in hand with a devaluation of social reproduction, either by making this work invisible or by externalising its cost. This article analyses the specificities of this process in the context of contemporary Britain and investigates the role of the state, focusing on volunteering and new forms of ‘affective remuneration’ linked to financialisation and the connection between social reproduction and wealth extraction. In conclusion, the paper outlines the contours of possible counter-practices informed by a feminist politics. British Politics (2016).
Keywords: Social reproduction; Affective remuneration; Financialisation; Affective labour; Volunteering; Valorisation; Feminism.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os textos são de exclusiva responsabilidade de seus autores.
É permitida a reprodução total ou parcial dos artigos da Revista Direito e Práxis, desde que citada a fonte.
Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons 4.0, Atribuição-Sem Derivações.
Esta licença permite copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou format para qualquer fim, mesmo que comercial, desde de que citada a autoria original.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.