Psicologia Social Comunitária
Perspectivas Anarquistas
Palavras-chave:
Psicologia Social Comunitária, Anarquismo, Autogestão, Políticas prefigurativasResumo
A Psicologia Comunitária contribui para a emancipação coletiva, a partir de reflexão ético-política e intervenções psicossociais em comunidades. Neste contexto, apresentam-se perspectivas anarquistas em Psicologia Comunitária, a partir de um estudo teórico de vivências na República Dominicana e na África do Sul, bem como relato de experiência em comunidade caipira paulista. Conclui-se que a contribuição libertária à Psicologia Comunitária se concretiza na crítica das relações ético-políticas de poder, em especial a postura de psicólogas (es/os) e a presença do Estado nas comunidades. No âmbito das técnicas libertárias, destaca-se: a identificação de fragmentos anarquistas ou iniciativas autogovernadas vivenciadas de forma autônoma nas comunidades; práticas coletivas de autogestão; políticas prefigurativas de revolução aqui e agora; e articulação em rede. No interior do pluralismo característico da Psicologia Comunitária, espera-se que as contribuições anarquistas fortaleçam seu compromisso político com a transformação social em bases democráticas, diversas e antiautoritárias.
Referências
Acervo Maria Servina (2021, novembro 20). Maria Servina: estrela d’alva do jongo [Vídeo] Youtube. https://www.youtube.com/watch?v=LAX7xkDSDGg&t=33s
Araújo, A. M. (1949). Muquirão. Fundamentos, 9-10(1), 158-167.
Brandão, C. R. (1995). A partilha da vida. Geic/Cabral.
Breines, W. (1980). Community and organization: the new left and Michels’ “Iron Law”. Social Problems, 27(4), 419-429. https://doi.org/10.2307/800170
Campos, R, H. F. (2007). Introdução: a psicologia social comunitária. In Campos, R, H. F. (org.) Psicologia social comunitária: da solidariedade à autonomia (13a ed., pp. 09-16). Vozes.
Campos, R, H. F. (2023). Prefácio. In: Massimi, M. História dos saberes psicológicos na cultura brasileira (pp. 11-16). Edusp.
Chauí, M. (2014). Cultura e democracia: o discurso competente e outras falas (13a ed.). Cortez.
Fernandéz, A. V. & Garzón, Y. H. R. (2011). Nuevas perspectivas desde la psicología social crítica: psicología anarquista. [Tese de Doutorado, Universidad Del Valle, Instituto de Psicologia, Santiago de Cali].
Freire, P. (1981). Ação cultural para a liberdade e outros escritos (5a ed.). Paz e Terra.
Góis, C. W. L. (1994). Noções de Psicologia Comunitária (2a ed.). https://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/42535/1/1994_liv_cwlgois.pdf
González, O. B. (2019). Psicología Social de redes sociales para la autogestión: un estudio de casos con minorías libertarias en República Dominicana. [Tese de Doutorado, Faculdade de Ciências Políticas e Sociologia da Universidade Complutense de Madrid]
Gordon, U. (2022). Política prefigurativa, catástrofe e esperança. Revista de Estudos Libertários. 4(11), 07-26. https://revistas.ufrj.br/index.php/estudoslibertarios/article/view/53586
Graeber, D. (2002). The New Anarchists. New Left Review, 13(1). Recuperado de https://newleftreview.org/issues/ii13/articles/david-graeber-the-new-anarchists
Graeber, D. (2004). Fragments of an anarchist anthropology. Prickly Paradigm Press.
Ibáñez, T. (2014). Anarquismo en movimiento: anarquismo, neoanarquismo y postanarquismo. Libros de Anarres.
Lane, S. T. M. (2007). Histórico e fundamentos da psicologia comunitária no Brasil. In Campos, R. H. F. (org.) Psicologia social comunitária: da solidariedade à autonomia (13a ed., pp. 17-34). Vozes.
Malherbe, N. (2023). Returning community psychology to the insights of anarchism: fragments and prefiguration. Journal of Social and Political Psychology, 11(1), 212–228. https://doi.org/10.5964/jspp.9385
Massimi, M. (2023). História dos saberes psicológicos na cultura brasileira. EdUSP.
Mattos, R. M. (2015). Brão: o canto de trabalho dos mutirões rurais de São Luiz do Paraitinga. Revista de Ciências Humanas, 15(1), 457-470.
Mattos, R. M. (2024). O Mestre de Cultura Popular em São Luiz do Paraitinga. Malungo.
Monteiro, M. (2004). Introducción a la psicología comunitaria: desarrollo, conceptos y procesos. Paidós.
Newman, S. (2006). As políticas do pós-anarquismo. Verve. Revista semestral autogestionária do Nu-Sol., 9(1), p. 30-50. https://revistas.pucsp.br/index.php/verve/article/view/5126
Ovejero, A. (2016). Psicología y anarquismo. Anarchisme et pensée libertaire, 28(1), 01-16. https://cpp.numerev.com/pdf/articles/revue-28/1267-psicologia-y-anarquismo
Sarason, S. B. (1976). Community psychology and the anarchist insight. American Journal of Community Psychology, 4(3), 243–261.
Schmidt, C. B. (1943). Aspecto da vida agrícola no Vale do Paraitinga. Revista Sociologia, 1(1), 35-55.
Singer, P. (2002). Introdução à economia solidária. Perseu Abramo.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Declaro que o texto é inédito e foi submetido exclusivamente a essa Revista para fins de publicação. Ressalto que foram respeitados todos os procedimentos éticos exigidos em lei.
Declaro concordar com a cessão dos direitos autorais do artigo à Revista Psicologia e Saber Social, estando vedada sua reprodução, total ou parcial, em meio impresso, magnético ou eletrônico, sem autorização prévia por escrito do Editor Científico da Revista.