Ciência das Redes e Teoria das Representações Sociais
Avanços e contribuições teóricas para o desenvolvimento da Teoria das Representações Sociais
Schlagworte:
Teoria das Representações Sociais, Rede de Representações Sociais, Ciência das Redes, Proposição TeóricaAbstract
O presente estudo tem como objetivo realizar proposições teóricas sobre o conceito rede de representações sociais, isto é, um conjunto de representações sociais de diferentes objetos sociais. Na literatura atual não há um consenso sobre o uso deste conceito seja no âmbito teórico, seja no âmbito teórico-empírico da Teoria das Representações Sociais (TRS). As pesquisas que utilizam este conceito têm aumentado em termos quantitativos, contudo seu número ainda é limitado considerando a ampla literatura na perspectiva da TRS. Para o alcance do objetivo recorreu-se as proposições e conceitos da Ciência das Redes. Especial atenção foi dada ao tipo de rede de livre escala. Foi analisado o potencial explicativo das proposições da Ciência das Redes para a dinâmica das redes de representações sociais. Considerando o potencial inovador desta proposição teórica para a TRS, ao final foi indicado a necessidade de condução de estudos teóricos-empíricos para a verificação de sua adequação.
Literaturhinweise
Almeida, A. M. O. (2005). A pesquisa em representações sociais: proposições metodológicas. In: M. F. S. Santos; A. M. O. Almeida, (Org.). Diálogos com a teoria da representação social (pp. 117-160). Ed. UFPE.
Barabási, A. L. & Albert, R. (1999). Emergence of scaling in random networks. Science, 286(5439), 509-512. https://doi.org/10.1126/science.286.5439.509
Barabási, A. L. & Bonabeau, E. (2003) Scale-free networks. Scientific American, 288(5), 60-69.
Barabási, A. L. (2009). Scale-free networks: a decade and beyond. Science, 325(5939), 412-413. https://doi.org/10.1126/science.1173299
Barabási, A. L., Albert, R., & Jeong, H. (2000). Scale-free characteristics of random networks: the topology of the world-wide web. Physica A: Statistical Mechanics and its Applications, 281(1-4), 69-77. https://doi.org/10.1016/S0378-4371(00)00018-2
Barabási, A. L., Ravasz, E., & Vicsek, T. (2001). Deterministic scale-free networks. Physica A: Statistical Mechanics and its Applications, 299(3-4), 559-564. https://doi.org/10.1016/S0378-4371(01)00369-7
Baronchelli, A., Ferrer-i-Cancho, R., Pastor-Satorras, R., Chater, N., & Christiansen, M. H. (2013). Networks in cognitive science. Trends in Cognitive Sciences, 17(7), 348-360. https://doi.org/10.1016/j.tics.2013.04.010
Bavelas, A. (1948). A mathematical model for group structures. Applied Anthropology, 7(3), 16–30.
Cabecinhas, R. (2004). Representações sociais, relações intergrupais e cognição social. Paidéia (Ribeirão Preto), 14(28), 125-137. https://doi.org/10.1590/S0103-863X2004000200003
Cabecinhas, R. (2009) Investigar representações sociais: metodologias e níveis de análise. In M. M. Baptista (Org.) Cultura: metodologias e investigação (pp.51-66). Ver o Verso Edições.
Camargo, B. V., & Justo, A. M. (2013). IRAMUTEQ: um software gratuito para análise de dados textuais. Temas em Psicologia, 21(2), 513-518. https://doi.org/10.9788/TP2013.2-16
Cartwright, D., & Harary, F. (1956). Structural balance: a generalization of Heider’s theory. Psychological Review, 63(5), 277. https://doi.org/10.1037/h0046049
Doise, W. (2002). Da psicologia social à psicologia societal. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 18(1), 027-035. https://doi.org/10.1590/S0102-37722002000100004
Doise, W., Clémence, A., & Lorenzi-Cioldi, F. (1992). Représentations sociales et analyses de données. PUC.
Duveen, G. (2012). Introdução: o poder das ideias. In: S. Moscovici. Representações sociais: investigações em psicologia social (pp. 7-13). Vozes.
Félix, L. B., de Andrade, D. A., Ribeiro, F. S., Correia, C. C. G., & de Souza Santos, M. D. F. (2017). O conceito de Sistemas de Representações Sociais na produção nacional e internacional: uma pesquisa bibliográfica. Psicologia e Saber Social, 5(2), 198-217. https://doi.org/10.12957/psi.saber.soc.2016.20417
Fienberg, S. E. (2012). A brief history of statistical models for network analysis and open challenges. Journal of Computational and Graphical Statistics, 21(4), 825–839. https://doi.org/10.1080/10618600.2012.738106
Flament, C. (1963). Applications of graph theory to group structure. Prentice-Hall.
Flament, C. (2001). Estrutura e dinâmica das representações sociais. In: D. Jodelet (Org). As representações sociais (pp. 173-187). EdUERJ.
Hage, P. (1979). Graph theory as a structural model in cultural anthropology. Annual Review of Anthropology, 8(1), 115–136. https://doi.org/10.1146/annurev.an.08.100179.000555
Hein, O., Schwind, M., & Koenig, W. (2006). Scale-free networks: the impact of fat tailed degree distribution on diffusion and communication processes. Wirtschaftsinformatik, 48(4), 267-275.
Jodelet, D. (2001). Representações sociais: um domínio em expansão. In: D. Jodelet (Org). As representações sociais (pp. 17-44). EdUERJ.
Jodelet, D. (2009). O movimento de retorno ao sujeito e a abordagem das representações sociais. Sociedade e Estado, 24(3), 679-712. https://doi.org/10.1590/S0102-69922009000300004
Jodelet, D. (2011). Ponto de vista: sobre o movimento das representações sociais na comunidade científica brasileira. Temas em Psicologia, 19(1), 19-26.
Jodelet, D. (2013). Encounters between forms of knowledge. Papers on Social Representations, 22(1), 9.1-9.20.
Jodelet, D. (2015). Loucura e representações sociais. 2. ed. Vozes.
Jovchelovitch, S. (2011). Representações sociais e polifasia cognitiva: notas sobre a pluralidade e sabedoria da Razão em Psicanálise, sua imagem e seu público. In: A. M. O. Almeida; M. F. S. Santos; Z. A. Trindade, (Org.). Teoria das representações sociais: 50 anos (pp. 159-178). Technopolitik.
Marchand, P., & Ratinaud, P. (2012). L’analyse de similitude appliqueé aux corpus textueles: les primaires socialistes pour l’election présidentielle française. In Actes des 11eme Journées internationales d’Analyse statistique des Données Textuelles. JADT 2012 (pp. 687-699). Liège, Belgique.
Martins, P. O. (2002). As expectativas do ter e o fracasso do ser: representações sociais de adolescência e suicídio entre adolescentes. [Dissertação de Mestrado]. , Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, ES. http://repositorio.ufes.br/handle/10/6689
Martins, P. O., Trindade, Z. A., & Almeida, Â. M. D. O. (2003). O ter e o ser: representações sociais da adolescência entre adolescentes de inserção urbana e rural. Psicologia: Reflexão e Crítica, 16(3), 555-568. https://doi.org/10.1590/S0102-79722003000300014
Martins-Silva, P. O., Silva Junior, A., Peroni, G. G. H., Medeiros, C. P., & Vitória, N. O. (2016). Teoria das representações sociais nos estudos organizacionais no Brasil: análise bibliométrica de 2001 a 2014. Cadernos EBAPE. BR, 14(4), 891. https://doi.org/10.1590/1679-395155900
Milgram, S. (1967). The small world problem. Psychology Today, 2(1), 60-67.
Moscovici, S. (2012). Representações sociais: investigações em psicologia social. Vozes.
Moscovici, S. (2015/1961). A psicanálise, sua imagem e seu público. Vozes.
Newman, M. E. (2003). The structure and function of complex networks. SIAM Review, 45(2), 167-256. https://doi.org/10.1137/S003614450342480
Sá, C. (1996). Núcleo central das representações sociais. Vozes.
Salesses, L., & Romain, D. (2013). Ethical fashion exploratory research: inter-representational dynamic and anchors in a representation's structuring process. Revue Internationale de Psychologie Sociale, 26(3), 177-205.
Seo, H., Kim, W., Lee, J., & Youn, B. (2013). Network-based approaches for anticancer therapy. International Journal of Oncology, 43(6), 1737-1744. https://doi.org/10.3892/ijo.2013.2114
Solé, R. V., Corominas‐Murtra, B., Valverde, S., & Steels, L. (2010). Language networks: their structure, function, and evolution. Complexity, 15(6), 20-26. https://doi.org/10.1002/cplx.20305
Solé, R. V., Ferrer‐Cancho, R., Montoya, J. M., & Valverde, S. (2002). Selection, tinkering, and emergence in complex networks. Complexity, 8(1), 20-33. https://doi.org/10.1002/cplx.10055
Steyvers, M., & Tenenbaum, J. B. (2005). The large‐scale structure of semantic networks: Statistical analyses and a model of semantic growth. Cognitive Science, 29(1), 41-78. https://doi.org/10.1207/s15516709cog2901_3
Travers, J., & Milgram, S. (1969). An experimental study of the small world problem. Sociometry, 32(4), 425–443. https://doi.org/10.2307/2786545
Trindade, Z. A., Santos, M. F. S, & Almeida, Â. M. O. (2011). Ancoragem: notas sobre consensos e dissensos. In: A. M. O. Almeida; M. F. S. Santos; Z. A. Trindade, (Org.). Teoria das representações sociais: 50 anos (pp. 101-122). Technopolitik.
Vallacher, R. R., Nowak, A., & Read, S. J. (2017). Rethinking human experience: the promise of computational social psychology. In R. R. Vallacher, S. J. Read, & A. Nowak (Eds.) Computational Social Psychology (pp. 3-12). Routledge.
Vitevitch, M. (2014). Network science as a method of measuring language complexity. Poznan Studies in Contemporary Linguistics, 50(2), 197-205. https://doi.org/10.1515/psicl-2014-0014
Wachelke, J., & Wolter, R. (2011). Critérios de construção e relato da análise prototípica para representações sociais. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 27(4), 521-526. https://doi.org/10.1590/S0102-37722011000400017
Downloads
Veröffentlicht
Zitationsvorschlag
Ausgabe
Rubrik
Lizenz
Declaro que o texto é inédito e foi submetido exclusivamente a essa Revista para fins de publicação. Ressalto que foram respeitados todos os procedimentos éticos exigidos em lei.
Declaro concordar com a cessão dos direitos autorais do artigo à Revista Psicologia e Saber Social, estando vedada sua reprodução, total ou parcial, em meio impresso, magnético ou eletrônico, sem autorização prévia por escrito do Editor Científico da Revista.
