A Teoria das Representações Sociais e os diferentes usos do termo “sistema”
Keywords:
Teoria das Representações Sociais, Rede de Representações sociais, Sistema, Sistema de representações sociais, Pesquisa documentalAbstract
A Teoria das Representações Sociais (TRS) foi proposta de 1961 e tem aproximadamente 60 anos. Desde a sua origem, diferentes abordagens complementares à teoria original foram desenvolvidas com a finalidade de ampliar a compreensão do fenômeno das representações sociais (RS). Um conceito, entretanto, recebeu pouca atenção, qual seja, o conceito de conjunto de RS denominado de sistema de representações sociais (SRS). Com o propósito de realizar uma investigação sobre esse aspecto da TRS pesquisou-se neste estudo o uso do termo sistema na TRS. Metodologicamente, realizou-se uma pesquisa documental em que foram investigados textos relevantes para a TRS e para a temática. Como resultado foi identificado uma pluralidade de formas de uso do termo sistema nos textos analisados. Também foi constatado o modelo utilizado para o estudo da relação de diferentes representações sociais a partir da abordagem estrutural da TRS. Nas conclusões foi sugerido a substituição do termo sistema pelo termo rede de representações sociais em função da univocidade de significado, bem como a realização de pesquisas nas outras abordagens da TRS para aprofundamento teórico sobre o tema.
References
Abric, J. C., & Vergès, P. (1996). L’étude des relations entre différents objets de représentation: noyau central, emboîtement et réciprocité. In Third International Conference on Social Representations. Aix-en-Provence.
Almeida, A. M. O. (2009). Abordagem societal das representações sociais. Sociedade e estado, 24(3), 713-737. https://doi.org/10.1590/S0102-69922009000300005
Barabási, A. L., Ravasz, E., & Vicsek, T. (2001). Deterministic scale-free networks. Physica A: Statistical Mechanics and its Applications, 299(3-4), 559-564. https://doi.org/10.1016/S0378-4371(01)00369-7
Bonardi, C.; De Piccoli, N.; Larrue, J. & Soubiale, N. (1994). Dipendenza e interdipendenza delle rappresentazioni sociali: la rappresentazione sociale dell'Europa e quella della politica. Giornale Italiano di Psicologia, 21, 399-419.
Carvalho, A. M. A., Franco, A. L. S., Costa, L. A. F., & Oiwa, N. N. (2012). Rede de cuidadores envolvidos no cuidado cotidiano de crianças pequenas. In M. C. Castro, A. M. A. Carvalho, & L. V. C. Moreira. (Orgs.) Dinâmica familiar do cuidado: afetos, imaginário e envolvimento dos pais na atenção aos filhos (pp. 63-110). EdUFBA.
Coutinho, S. M. D. S., & Menandro, P. R. M. (2010). Relações conjugais e familiares na perspectiva de mulheres de duas gerações: “que seja terno enquanto dure”. Psicologia Clínica, 22(2), 83-106. https://doi.org/10.1590/S0103-56652010000200007
De Rosa, A. S. (2005). Le “réseau d'associations” comme méthode d'étude sur les RS: structure, contenu et polarité du champ semantique. In J. C. Abric. (Ed.). Méthodes d'étude des représentations sociales (pp. 81-117). Erès.
Doise, W. (2002). Da psicologia social à psicologia societal. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 18(1), 027-035. https://doi.org/10.1590/S0102-37722002000100004
Félix, L. B., de Andrade, D. A., Ribeiro, F. S., Correia, C. C. G., & de Souza Santos, M. D. F. (2017). O conceito de Sistemas de Representações Sociais na produção nacional e internacional: uma pesquisa bibliográfica. Psicologia e Saber Social, 5(2), 198-217. https://doi.org/10.12957/psi.saber.soc.2016.20417
Flament, C. & Rouquette, M.-L. (2003). Anatomie des idées ordinaires: comment étudier les représentations sociales. Armand Colin.
Garnier, C. (1999). La genèse des représentations sociales dans une perspective développementale. In C. Garnier, & M.-L. Rouquette (Eds.). La genèse des représentations sociales (pp. 87-113). Nouvelles.
Howarth, C. (2006). A social representation is not a quiet thing: exploring the critical potential of social representations theory. British Journal of Social Psychology, 45(1), 65-86. https://doi.org/10.1348/014466605X43777
Jahoda, G. (1988). Critical notes and reflections on ‘social representations’. European Journal of Social Psychology, 18(3), 195-209. https://doi.org/10.1002/ejsp.2420180302
Japiassú, H., & Marcondes, D. (2006). Dicionário básico de filosofia. Jorge Zahar.
Jodelet, D. (2009). O movimento de retorno ao sujeito e a abordagem das representações sociais. Sociedade e Estado, 24(3), 679-712. https://doi.org/10.1590/S0102-69922009000300004
Jodelet, D. (2013). Encounters between forms of knowledge. Papers on Social Representations, 22(1), 9.1-9.20.
Lahlou, S. (2011). Difusão das representações e inteligência coletiva distribuída. In A. M. O. Almeida, M. F. S. Santos, & Z. A. Trindade (Ogs.). Teoria das representações sociais: 50 anos. (pp. 371-389). Technopolitik.
Laurenti, C., Lopes, C. E., & Araujo, S. F. (2016). Pesquisa teórica em psicologia: aspectos filosóficos e metodológicos. Hogrefe CETEPP.
Litton, I., & Potter, J. (1985). Social representations in the ordinary explanation of a ‘riot’. European Journal of Social Psychology, 15(4), 371-388. https://doi.org/10.1002/ejsp.2420150402
Lopes, L. G., Silva, A. G., & Gourlart, A. C. O. (2015). A teoria geral do sistema e suas aplicações nas ciências naturais. Natureza Online, 13(1), 1-5.
Marková, I. (2000) AmÈdÈe or how to get rid of it: social representations from a dialogical perspective. Culture & Psychology, 6(4), 419-460. https://doi.org/10.1177/1354067X0064002
Marková, I. (2006). Dialogicidade e representações sociais: as dinâmicas da mente. Vozes.
Martins-Silva, P. O., Silva Junior, A., Peroni, G. G. H., Medeiros, C. P., & Vitória, N. O. (2016). Teoria das representações sociais nos estudos organizacionais no Brasil: análise bibliométrica de 2001 a 2014. Cadernos EBAPE. BR, 14(4), 891. https://doi.org/10.1590/1679-395155900
Martins-Silva, P. O., Trindade, Z. A. & Silva Junior, A. (2012). As representações sociais de conjugalidade entre casais recasados. Estudos de Psicologia, 17(3), 435-443. https://doi.org/10.1590/S1413-294X2012000300012
Menandro, M. C. S., & Souza, L. G. S. (2010). O que é ser bom aluno? O que é parar de estudar? Representações sociais de estudantes do ensino médio. Revista de Educação Pública, 19(39), 75-94. https://doi.org/10.29286/rep.v19i39.379.
Milland, L. (2002). Pour une approche de la dynamique du rapport entre représentations sociales du travail et du chômage. Revue Internationale de Psychologie Sociale, 15(2), 27-56.
Moscovici, S. (2012). A psicanálise, sua imagem e seu público. Vozes.
Moscovici, S. (2015). La psychanalyse, son image et son public. Presses Universitaires de France.
Philogene, G. (2011). O alcance das representações sociais: impacto e ramificações. In A. M. O. Almeida, M. F. S. Santos, & Z. A. Trindade (Ogs.). Teoria das representações sociais: 50 anos. (pp. 371-389). Technopolitik.
Piaget, J. (1979/1968). O estruturalismo. DIFEL.
Pianelli, C., & Saad, F. (2016). Environmental changes and dynamics of a network of social representations. Papers on Social Representations, 25(2), 7-1.
Potter, J., & Edwards, D. (1999). Social representations and discursive psychology: from cognition to action. Culture & Psychology, 5(4), 447-458. https://doi.org/10.1177/1354067X9954004
Potter, J., & Litton, I. (1985). Some problems underlying the theory of social representations. British Journal of Social Psychology, 24(2), 81-90. https://doi.org/10.1111/j.2044-8309.1985.tb00664.x
Ricoeur, O (1970). Estrutura e hermenêutica. In L. C. Lima (Org.). O estruturalismo de Lévi-Strauss (pp. 157-191). Vozes.
Roussiau, N., & Valence, A. (2013). Interdependence and transformation of social representations in network. CES Psicología, 6(1), 60-76.
Sá, C. (1996). Núcleo central das representações sociais. Vozes.
Sales, L. S. (2003). Estruturalismo: história, definições, problemas. Revista de Ciências Humanas, (33), 159-188. https://doi.org/10.5007/%25x
Sá-Silva, J.; Almeida, C. D.; Guidani, J. F. (2009). Pesquisa documental: pistas teóricas e metodológicas. Revista Brasileira de História & Ciências Sociais, 1(1), 1-15.
Spindola, T., de Oliveira Braga, R. M., Marques, S. C., Formozo, G. A., Cecilio, H. P. M., & de Oliveira, D. C. (2018). A autoproteção contra o HIV para profissionais de enfermagem: estudo de representações sociais. Revista Enfermagem UERJ, 26, (e34277), 1-6. https://doi.org/10.12957/reuerj.2018.34277
Vitevitch, M. (2014). Network science as a method of measuring language complexity. Poznan Studies in Contemporary Linguistics, 50(2), 197-205. https://doi.org/10.1515/psicl-2014-0014
Wachelke, J. (2012). Context effects and inter-representation activation: an experimental study. Papers on Social Representations, 21, 8.1-8.28.
Wagner, W. (2020). Social representation theory: an historical outline. In Oxford Research Encyclopedia of Psychology. Oxford University Press. https://doi.org/10.1093/acrefore/9780190236557.013.606
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
I declare that the text has not been published and was submitted exclusively to that Journal for publication. I stress that all the ethical procedures demanded in law were respected.
I declare to agree with the cession of the author rights of the article to the journal Psychology and Social Knowing, with its total or partial reproduction in print, magnetic or electronic means being forbidden, without previous written authorization by the Scientific Editor of the Journal.