Maternidade e carreira profissional
uma revisão integrativa
Palavras-chave:
Maternidade, Mulheres na ciência, Escolha profissional, Carreira profissional, Mães trabalhadorasResumo
Desde tempos antigos, as exigências profissionais e padrões sociais moldam a experiência da maternidade, refletindo nas discussões sobre idealização da maternidade e seus desafios. Investigar a interação entre maternidade e carreira profissional feminina. Destacar os desafios das mulheres em equilibrar demandas familiares e profissionais na busca por igualdade de oportunidades. Revisão integrativa sobre o impacto da maternidade nas trajetórias profissionais femininas. A pesquisa analisou 8 artigos obtidos nas bases de dados Scielo e Lilacs com as palavras-chave "mulher", "maternidade" e "carreira profissional". Após serem atendidos aos critérios de inclusão, os artigos foram agrupados em cinco subcategorias: maternidade solitária: desafios e contradições com contextos de vulnerabilidade conciliamento da carreira e família em tempos de Covid-19; disparidade de gênero no mercado de trabalho; diferentes contextos e os diversos desafios; os impactos psicossociais, econômicos e físicos. A análise revelou os desafios na conciliação entre demandas profissionais e os padrões de maternidade. Mulheres que abandonam suas carreiras enfrentam dificuldades na reintegração ao mercado de trabalho e na construção de sua identidade social. Há preocupações financeiras e emocionais ligadas à gestação e criação dos filhos, mas o apoio familiar e conjugal é crucial para mitigar esses desafios. A pandemia exacerbou desigualdades de gênero na distribuição de tarefas domésticas e cuidados parentais, sobrecarregando emocional e fisicamente as mães, aumentando sentimento de culpa e solidão. A pesquisa destaca a importância do apoio do cônjuge, licença-maternidade e estratégias para equilibrar família e trabalho. É necessária a implementação de políticas públicas e intervenções que ofereçam suporte às mães, considerando suas diferentes jornadas.
Referências
Antloga, C. S., Monteiro, R. A., Bentes, A. M., Cassimiro, Ê. C., & Assunção, F. D. S. (2023). Percepção de danos físicos, psíquicos e sociais no trabalho de ser mãe universitária. Psicologia: Ciência e Profissão, 43, e253141. https://doi.org/10.1590/1982-3703003253141
Badinter, E. (2010). The Conflict: How Modern Motherhood Undermines the Status of Women. Metropolitan Books.
Bruzamarello, D., Patias, N. D., & Cenci, C. M. B. (2019). Ascensão profissional feminina, gestação tardia e conjugalidade. Psicologia em Estudo, 24, e41860. https://doi.org/10.4025/1807-0329e41860
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. (2023). Currículo do sistema de Currículos Lattes: Informações sobre o PhD Kosrow Ghavami. https://lattes.cnpq.br/
Dejours, C. (2012). A loucura do trabalho: Estudo de psicopatologia do trabalho. Atlas.
Emídio, T. S., & Castro, M. F. D. (2021). Entre voltas e (re) voltas: Um estudo sobre mães que abandonam a carreira profissional. Psicologia: Ciência e Profissão, 41, e221744. https://doi.org/10.1590/1982-3703003221744
Emídio, T. S., Okamoto, M. Y., Maia, B. B., & Rodrigues, R. P. (2023). Idealização da maternidade e herança psíquica: Reflexões no contemporâneo. Vínculo: Revista do NESME, 20(1), 3-15. https://doi.org/10.32467/issn.1982-1492v20n1a2
Gatrell, C. (2013). Managing the maternal body: A comprehensive review and transdisciplinary analysis. Human Relations, 66(3), 409-440.
Hirata, H., & Kergoat, D. (2007). Novas configurações da divisão sexual do trabalho. Cadernos de Pesquisa, 37(132), 595-609. https://publicacoes.fcc.org.br/cp/article/view/344
Hochschild, A. R. (2012). The second shift: Working families and the revolution at home. Penguin Books.
Käes, R. (2017). A teoria dos campos e das alianças inconscientes: Abordagens intersubjetivas e grupos. Casa do Psicólogo.
Lerner, G. (2019). A criação do patriarcado. Cultrix.
Okamoto, M. Y., Santos, M. A. D., & Emídio, T. S. (2024). Mães em quarentena: Maternidade em tempos de isolamento social decorrente da COVID-19. Psicologia em Estudo, 29, e55777. https://doi.org/10.4025/psicolestud.v29i1.55777
Rodrigues, J. S., & Morais, N. A. (2021). Interação família-trabalho: Um estudo sobre maternidade na pós-graduação. Revista da SPAGESP, 22(2), 147-167. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-29702021000200012
Scott, J. W. (1991). Gender and the politics of history. Columbia University.
Silva, M., Wecker, A., Oliveira Menegotto, L. M., & Rieth, C. E. (2023). Os desamparos da maternidade em um contexto de vulnerabilidade social. Psico, 54(1), e37872. http://dx.doi.org/10.15448/1980-8623.2023.1.37872
Silva, Y. G. D., & Vaz, D. V. (2022). Por que as ocupações “femininas” pagam menos? Um estudo longitudinal. Revista Brasileira de Estudos de População, 39, e0212. https://doi.org/10.20947/S0102-3098a0212
Winnicott, D. W. (1984). Os bebês e suas mães. Martins Fontes.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Declaro que o texto é inédito e foi submetido exclusivamente a essa Revista para fins de publicação. Ressalto que foram respeitados todos os procedimentos éticos exigidos em lei.
Declaro concordar com a cessão dos direitos autorais do artigo à Revista Psicologia e Saber Social, estando vedada sua reprodução, total ou parcial, em meio impresso, magnético ou eletrônico, sem autorização prévia por escrito do Editor Científico da Revista.