A influência das ações sociais de extensão na formação acadêmica no âmbito médico
Palavras-chave:
Humanização, Formação Acadêmica, Modelo Biopsicossocial, Projeto de Extensão, MedicinaResumo
A humanização da relação médico-paciente faz-se de suma importância pois, através de seu fortalecimento, há maior adesão ao tratamento e, consequentemente, maior sucesso terapêutico. Este artigo é uma revisão bibliográfica associada a um relato de experiência de alunos de Bacharelado do curso de Medicina na Faculdade de Minas de Belo Horizonte (FAMINAS-BH) que desenvolveram um projeto que visa humanizar o atendimento na área da saúde. Para isso, o médico deve considerar o paciente como um todo, uma unidade indissociável do contexto no qual ele está imerso, atendendo ao modelo biopsicossocial em detrimento do modelo biomédico, que reduz o paciente às enfermidades que o assolam. Sendo necessário que haja maior exercício de habilidades sociocomunicativas como a empatia, entretanto, há uma lacuna na formação dos médicos, pois há poucos momentos de incentivo a essa habilidade. Visando estimular esses momentos, os projetos de extensão podem suprir tal lacuna na formação de um médico. O objetivo do presente trabalho é relatar como o exercício da empatia afeta positivamente tanto quem assiste quanto quem é assistido, fazendo um paralelo com o que foi observado durante os momentos de prática nas ações promovidas pelo projeto e na revisão da literatura. A metodologia adotada foi a intercomunicação entre a literatura e o relato de experiência. Dessa maneira, conclui-se que a humanização na medicina é uma ferramenta de grande importância tanto para os médicos quanto para pacientes, pois fortalece a relação entre os atores, promovendo um aumento no resultado terapêutico e ainda promove a ressignificação da medicina fruto da empatia e do cuidado humanizado.
Referências
Batista, N. A., & Lessa, S. S. (2020). Aprendizagem da empatia na relação médico-paciente: Um olhar qualitativo entre estudantes do internato de escolas médicas do nordeste do brasil. Revista Brasileira de Educação Médica, 43, 349-356. https://doi.org/10.1590/1981-5271v43suplemento1-20190118
Castaneda, L. (2019). O Cuidado em Saúde e o Modelo Biopsicossocial: Apreender para agir. CoDAS, 31(5), e20180312. https://doi.org/10.1590/2317-1782/20192018312
Ferreira, I. G., Costa, M. R. da, & Cazella, S. C. (2022). Educação médica: A construção histórica do currículo médico e os desafios de renovação no século XXI. ABCS Health Sciences, 47, e022304. https://doi.org/10.7322/abcshs.2020180.1626
Gallian. (2000). Revista da Associação Médica Brasileira, 46(4), 293. https://doi.org/10.1590/S0104-42302000000400008
Iglesias, A., Garcia, D. C., Pralon, J. A., & Badaró-Moreira, M. I. (2023). Educação Permanente no Sistema Único de Saúde: Concepções de Profissionais da Gestão e dos Serviços. Psicologia: Ciência e Profissão, 43, e255126. https://doi.org/10.1590/1982-3703003255126
Jaeger, W., Parreira, A. M., & Jaeger, W. (1994). Paidéia: A formação do homem grego (3ª ed.). Martins Fontes.
Jason, H. (2018). Future medical education: Preparing, priorities, possibilities. Medical Teacher, 40(10), 996-1003. https://doi.org/10.1080/0142159X.2018.1503412
Nogueira, M. I. (2009). As mudanças na educação médica brasileira em perspectiva: Reflexões sobre a emergência de um novo estilo de pensamento. Revista Brasileira de Educação Médica, 33, 262-270. https://doi.org/10.1590/S0100-55022009000200014
Pinheiro, S. B. (2021). Atenção em saúde: Modelo biomédico e biopsicossocial, uma breve trajetória. Revista Longeviver, 3(9), 33-44.
Ministério da Educação. (2014). Resoluções CES 2014. http://portal.mec.gov.br/conaes-comissao-nacional-de-avaliacao-da-educacao-superior/323-secretarias-112877938/orgaos-vinculados-82187207/20138-ces-2014
Ribeiro, M. F., Freitas, L. S., & Barata, J. M. L. (2018). A avaliação de estudantes de medicina de uma faculdade de Belo Horizonte, em relação ao processo de ensino-aprendizagem da relação médico-paciente. Revista Médica de Minas Gerais, 28, 1-7, e-1985. http://dx.doi.org/10.5935/2238-3182.20180007
Stepien, K. A., & Baernstein, A. (2006). Educating for empathy. Journal of General Internal Medicine, 21(5), 524-530. https://doi.org/10.1111/j.1525-1497.2006.00443.x
Tirroni, J. P., Isobe, D. F., & Polidoro, A. A. (2023). Percepção do usuário da unidade básica de saúde sobre o atendimento dos acadêmicos de Medicina. Revista Brasileira de Educação Médica, 47, e050. https://doi.org/10.1590/1981-5271v47.1-20210330
Yeoh, K. (2019). The future of medical education. Singapore Medical Journal, 60(1), 3-8. https://doi.org/10.11622/smedj.2019003
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Declaro que o texto é inédito e foi submetido exclusivamente a essa Revista para fins de publicação. Ressalto que foram respeitados todos os procedimentos éticos exigidos em lei.
Declaro concordar com a cessão dos direitos autorais do artigo à Revista Psicologia e Saber Social, estando vedada sua reprodução, total ou parcial, em meio impresso, magnético ou eletrônico, sem autorização prévia por escrito do Editor Científico da Revista.