Psicologia e masculinidade no Brasil

revisão integrativa do período 2007-2016

Autores

  • Tiago de Matos Peixoto
  • Yago Luksevicius de Moraes

Palavras-chave:

Masculinidade, Gênero, Psicologia, Homens, Revisão Integrativa

Resumo

Esse estudo consiste em uma revisão integrativa de literatura acerca do tema da psicologia masculina. Tendo como referências as produções nacionais presentes no período 2007-2016. Utilizaram-se os descritores e derivados de "masculino", “psicologia” e "gênero". Quarenta e quatro artigos foram analisados integralmente. Houve predominância das pesquisas de natureza qualitativa (68,2%) de objetivos exploratórios (65,9%) com a prevalência do estudo de caso e da pesquisa bibliográfica (27,3%, cada), como métodos de preferência, e pela entrevista (60,9%), como técnica de coleta. Dentre os temas identificados, organizados em eixos, destacaram-se as diferenças de gênero e saúde do homem (27,3%, cada). Identificou-se ainda preponderância de estudos com incosistências e falta de clareza metodológica, presença de métodos de pesquisa não generalizáveis e ausência de temas pertinentes na pesquisa internacional.

Referências

Alvim, S. F., & Souza, L. (2005). Violência conjugal em uma perspectiva relacional: homens e mulheres agredidos/agressores. Psicologia: teoria e prática, 7(2), 171-206.

Appolinário, F. (2006). Metodologia da Ciência: filosofia e prática da pesquisa. Pioneira Thomson Learning.

Ashfield, J. A. (2012). Towards an integrated perspective on gender, masculinity, and manhood. New male studies, 1(1), 19-30.

Balancho, L. S. (2012). Ser pai hoje: a paternidade em toda a sua relevância e grandeza. Juruá.

Baumeister, R. F. (2010). Is there anything good about men? How culture flourished by exploiting men. Oxford University Press

Campbell, L., & Ellis, B. J. (2005). Commitment, love, and mate retention. In D. Buss (Ed.), The handbook of evolutionary psychology (pp. 419-442). John Wiley & Sons.

Conselho Federal de Psicologia. (2013). Protagonismo feminino.

Connell, R. W. (2005). Masculinities (2nd ed.). University of California Press

Crapster, B. G., & Elder, W. B. (2013) Graduate students teach the psychology of men: challenges and implications. Psychology of Men & Masculinity, 14(3), 256-263.

Espírito Santo, L. C. do; & Bonilha, A. L. L. (2000). Expectativas, sentimentos e vivências do pai durante o parto e nascimento. Revista Gaúcha de Enfermagem, 21(2), 87-109.

Farrell, W. (1993) The myth of male power: why men are the disposable sex. Berkley Books.

Farrell, W. (2005) Why men earn more: the startling truth behind the pay gap and what women can do about it. American Management Association.

Fenwick J., & Bayes S, Johansson M (2011) A qualitative investigation into the pregnancy expectations of Australians fathers-to-be. Sexual & reproductive healthcare 3(1), 3-9.

Fonseca, R., Silva, P., & Silva, R. (2007). Acordo inter-juízes: o caso do coeficiente kappa. Laboratório de psicologia, 5(1), 81-90.

French, B. H., Tilghman, J. D., & Malebranche, D. A. (2014). Sexual coercion and psychological correlates among diverse males, Psychology of men & masculinity, 16, 42-53.

Gikovate, F. (1989). Homem: o sexo frágil? São Paulo: MG Editores.

Gil, A. C. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas.

Gilmore, D. D. (1990) Manhood in the making: Cultural concepts of masculinity. Yale University Press.

Gilmore, D. D. (2001). Misogyny: the male malady. University of Pennsylvania Press.

Glick, P., & Fiske, S. T. (2001). An ambivalent alliance: Hostile and benevolent sexism as complementary justifications for gender inequality. American Psychologist.

Goose, D. (2012). Male educators’ perspective on best practices of enhancing the teaching and learning of boys in single-sex classrooms. New male studies, 1(3), 32-76.

Groth, M. (2013). The learning style of males and how to involve college men in the curriculum. New male studies, 2(2), 55-61.

Jablonski, B. (1994). Até que a vida nos separe: o enfoque psicossocial. Temas em Psicologia, 2(2), 65-73.

Jablonski, B. (1995) A difícil extinção do boçalossauro. Em: Nolasco, S. (orgs). A Desconstrução do Masculino. Rocco.

Jablonski, B. (2010) A divisão de tarefas domésticas entre homens e mulheres no cotidiano do casamento. Psicologia: ciência e profissão. 30(2), 262-275.

Kimmel, M. S. (1996) Manhood in America: a cultural history. New York: Free Press.

Kiselica, M. S. (2010). Promoting Positive Masculinity While Addressing Gender Role Conflict: A Balanced Theoretical Approach to Clinical Work with Boys and Men. In C. Blazina & D. S. Shen-Miller (Eds.), An international psychology of men (pp. 127-156). Routledge.

Krys, K., Capaldi, C. A., Van Tilburg, W., Lipp, O. V., Bond, M. H. at al. (2017). Catching up with wonderful women: the women-are-wonderful effect is smaller in more gender egalitarian societies. International Journal of Psychology. https://doi.10.1002/ijop.12420

Levant, R. F. (1996) The new psychology of men. Professional Psychology: Research and Practice, 27(3), 259-265.

Lindsay, J., Boyle, P. (2017) The conceptual penis as a social construct. Cogent Social Sciences, 3, 1330439.

Mankowski, E. S., Maton, K. I. (2010) A community psychology of men and masculinity: historical and conceptual review. American Journal of Community Psychology, 45, 73-86.

Mendes, K. D. S., Silveira, R. C. de C. P., & Galvão, C. M. (2008). Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto & contexto: enfermagem, 17(4), 758-764.

Narvaz, M. G. (2009). A (in)visibilidade do gênero na psicologia acadêmica: onde os discursos fazem(se) política [Tese de Doutorado, Instituto de Psicologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul].

Nogueira, C. (2001). Contribuições do construcionismo social a uma nova psicologia do gênero. Cadernos de Pesquisa, (112), 137-153.

Nolasco, S. (1993). O Mito da Masculinidade. Rocco.

Nolasco, S. (2001). De Tarzan a Homer Simpson – banalização e violência masculina em sociedades contemporâneas ocidentais. Rocco.

Oliveira, A. G. de; & Silva, R. R. (2012). Parto também é assunto de homem: uma pesquisa clínico-qualitativa sobre a percepção dos pais acerca de suas reações psicológicas durante o parto. Interação em psicologia, 16(1), 113-123.

Ramos, C. M., & Lencastre, M. P. F. (2013). O feminino e o masculino na etologia, sociobiologia e psicologia evolutiva: revisão de alguns conceitos. Psicologia. 27(2), 33-61, 2013.

Robertson, J. M. (2013). Teaching the Psychology of Men: Not for Classrooms Only. Psychology of Men & Masculinity, 14(3), 268-270.

Rochlen, A. B. (2005). Men In (and Out of) Therapy: central concepts, emerging directions, and remaining challenges. Journal of Clinical Psychology, 61(6), 627-631.

Rother, E. T. (2007). Sistematic Literature Review X Narrative Review. Acta Paulista de Enfermagem, 20(2).

Rovito, M. J., Johnson, F., Vazquez, K. E., Elliot, A., Cornell, S., & Tivis, M. (2013). Perceptions of sex and sexual health among college men: implications of maladaptive habits in physical and social relationship formation. New male studies, 2(1), 46-57.

Schartz, E., Gomes, R., Couto, M. T., Moura, E. C., Carvalho, S. A. et al. (2012) Política de saúde do homem. Revista de Saúde Pública, 46(1), 108-116.

Watts, R. J. (2010) Advancing a Community Psychology of Men. American Journal of Community Psychology, 45(1-2), 201-211. https://doi.11007/s10464-009-9281-5

Zaleski, M., Pinsky, I., Laranjeira, R., Ramisetty-Mikler, S., Caetano, R. (2010) Violência entre parceiros íntimos e consumo de álcool, Revista de saúde pública, 44(1), 53-59.

Zohrab, P. (2013). The influence of Non-legal research on legal approaches to Ex Parte domestic violence protection orders in New Zealand. New male studies, 2(2), 39-54.

Downloads

Publicado

01.01.2020

Como Citar

Peixoto, T. de M., & Moraes, Y. L. de. (2020). Psicologia e masculinidade no Brasil: revisão integrativa do período 2007-2016. Psicologia E Saber Social, 9(1), 55–83. Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/psi-sabersocial/article/view/83378

Edição

Seção

Artigos