TRAUMATISMOS PRECOCES E DIFERENCIAÇÃO EU-OBJETO NA DIREÇÃO DO TRABALHO ANALÍTICO

Autores

  • KARLA PATRÍCIA HOLANDA MARTINS Professora Adjunta e Pesquisadora do Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Ceará, Professora-colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade de Fortaleza, Doutora em Teoria Psicanalítica pela UFRJ. Organizadora do livro Profetas da chuva (Ed. Tempo d’imagem, 2006). Membro do Grupo de trabalho da ANPEPP “Processos de subjetivação, clínica ampliada e sofrimento psíquico”. Pesquisadora Associada do LIPIS/PUC-Rio. kphm@uol.com.br
  • NADJA NARA BARBOSA PINHEIRO Professora Adjunta da Graduação e do Mestrado em Psicologia da Universidade Federal do Paraná, Doutora em Psicologia Clínica pela PUC-RJ, Coordenadora do Laboratório de Psicanálise da Universidade Federal do Paraná. Membro do Grupo de trabalho da ANPEPP “Processos de subjetivação, clínica ampliada e sofrimento psíquico”. Líder do grupo de pesquisa no CNPq “Psicanálise: teoria da clínica”. Pesquisadora Associada do LIPIS/PUC-Rio. nadjanbp@ufpr.br

DOI:

https://doi.org/10.12957/polemica.2013.8638

Resumo

Objetiva-se discutir os traumatismos precoces e suas relações com a questão da diferenciação primária eu-objeto, a partir de algumas interrogações clínicas. Acompanhando as discussões sobre a direção do trabalho analítico com pacientes que apresentam sofrimentos narcísicos, cujas problemáticas especular e identitária sobressaem-se em primeiro plano, pretende-se retomar os desafios e a pertinência deste trabalho numa vertente que problematiza os paradoxos da transferência, considerando a confiabilidade e a passionalidade. Pressupõe-se que traumatismos incidentes sobre a situação de dependência primária, ameaçadores de uma ilusão identitária podem produzir na transferência “respostas” no campo da passionalidade. Indaga-se se este efeito-paixão na transferência não poderia ser pensado, nos termos da teoria do trauma ferencziano, como identificação com o agressor: na ausência da condição de produzir um sentido sobre a experiência, a paixão é convocada; a sedução ao analista poderia ser pensada como uma tentativa de reversão de uma posição onde o eu sucumbiu ao objeto. Trata-se de um momento árduo na transferência, posto que figuras relativas à desconfiança entram em cena, desestabilizando a possível continuidade do trabalho.

Publicado

2013-12-22

Como Citar

MARTINS, K. P. H., & BARBOSA PINHEIRO, N. N. (2013). TRAUMATISMOS PRECOCES E DIFERENCIAÇÃO EU-OBJETO NA DIREÇÃO DO TRABALHO ANALÍTICO. POLÊM!CA, 12(4), 695–705. https://doi.org/10.12957/polemica.2013.8638

Edição

Seção

LIPIS - Laboratório Interdisciplinar de Pesquisa e Intervenção Social