JUVENTUDE NEGRA E WEBNAMORO: AS PERCEPÇÕES DE ADOLESCENTES NEGROS DE REGIÕES PERIFÉRICAS DO RIO DE JANEIRO
DOI:
https://doi.org/10.12957/polemica.2022.81679Palavras-chave:
Webnamoro. Juventude. Negritude. Periferias. Tecnologias.Resumo
O texto apresenta a percepção de jovens negros(as) de regiões periféricas do Estado do Rio de Janeiro sobre webnamoro, tecnologias e juventude negra. Por condições impostas pelo isolamento social, causado pela pandemia da covid-19, muitos jovens viram nos aplicativos a possibilidade de se relacionar amorosamente. A pesquisa, caracterizada metodologicamente como de cunho descritivo, buscou evidenciar qualitativamente e quantitativamente a visão dos jovens sobre os assuntos em tela, entendendo seus atravessamentos. Inferiu-se que o acesso à internet é um fator limitante aos jovens pesquisados, pois apenas 28 respondentes retornaram a pesquisa, fato que também podem impactar nas experiências vivenciadas pelos mesmos em redes de sociabilidade on-line. Destacam-se entre esse grupo aplicativos convencionais de interação social, com pouco ou nenhum acesso aos específicos para namoro on-line. Não identificou-se uma sólida adesão ao webnamoro nesse grupo, mas verificou-se que, mesmo entre os que não vivenciaram um webnamoro, eles entendem a possibilidade das consequências perigosas que esse tipo de relacionamento pode ocasionar. Sobre raça, houve contradição: foi apontada como fator positivo no meio on-line, com a representatividade despontando com relevância, ainda que o preconceito ecoe significativamente nesse espaço; mas também como algo que não ajuda no namoro on-line. Os resultados também apontaram para estudos futuros paralelos sobre os obstáculos que esse grupo enfrenta, como a questão da empregabilidade de jovens negros(as) em periferias, assim como o impacto propiciado pela tecnologia em diversos aspectos de sociabilidade.
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