A PSICANÁLISE NA INSTITUIÇÃO JURÍDICA PARA ADOLESCENTES AUTORES DE ATOS INFRACIONAIS: DA ESCUTA DO SUJEITO À PRODUÇÃO DE DOCUMENTOS

Autores

  • Alexandre Théo de Almeida Cruz
  • Roseane Freitas Nicolau

DOI:

https://doi.org/10.12957/polemica.2022.81677

Resumo

O presente trabalho discute a importância de sustentar o discurso do analista em instituições jurídicas que atendem a adolescentes em conflito com a lei, a maioria dos quais oriundos de um sistema social marcado pela exclusão social e pelo racismo, condição que os coloca em uma posição passiva frente ao discurso do mestre institucional no trabalho de normalização e orientação. Nesse sentido, a proposta é sustentada no fato de que somente a partir da escuta dos adolescentes é possível convocar um sujeito implicado com seu ato e responsável pelas mudanças no curso das escolhas que possa fazer. Portanto, a hipótese atribuída é a de que somente é possível a escuta do sujeito na instituição jurídica se nela está presente o psicanalista e se este operar um giro nos discursos institucionais É previsto, ainda, que o analista escreva documentação avaliativa que embase as decisões sobre as medidas aplicadas. Assim, será apresentada a análise de um caso, no qual os relatos demonstram como a força do discurso do mestre-institucional age para disciplinar o adolescente em sua condição de passividade, escutando apenas os atores institucionais que emitem as respostas documentadas.

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Publicado

2024-01-31

Como Citar

de Almeida Cruz, A. T., & Freitas Nicolau, R. (2024). A PSICANÁLISE NA INSTITUIÇÃO JURÍDICA PARA ADOLESCENTES AUTORES DE ATOS INFRACIONAIS: DA ESCUTA DO SUJEITO À PRODUÇÃO DE DOCUMENTOS. POLÊM!CA, 22(1), 089–111. https://doi.org/10.12957/polemica.2022.81677

Edição

Seção

CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS E QUESTÕES CONTEMPORÂNEAS