SOFRIMENTO INFANTIL CONTEMPORÂNEO: CONCEPÇÕES DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA
DOI:
https://doi.org/10.12957/polemica.2021.68269Resumo
Resumo: Diante das influências que o estilo de vida contemporâneo é capaz de imprimir na formação das subjetividades, questiona-se como as formas de sofrer das crianças podem ser reflexos dos vários pilares que sustentam a sociedade atual. Assim, o presente artigo objetiva descrever as concepções de estudantes de Psicologia de uma universidade pública do interior do Piauí sobre o sofrimento infantil contemporâneo. Para isso, foram realizadas entrevistas abertas, que passaram pela análise de conteúdo, com cinco alunos em fase final de graduação. Emergiram quatro categorias que demonstraram que as concepções dos graduandos consideram os valores capitalistas, a cultura do consumo, a patologização da vida e a “ausência dos pais” como pontos-chave para o sofrimento infantil. Diante disso, percebeu-se uma visão crítica dos estudantes ao analisar o problema de maneira mais abrangente e não se restringir apenas à interpretação do sofrimento como desequilíbrio químico. Além disso, os resultados dão margem para reflexão das influências do estilo de vida atual e sua necessidade de mudança, como também, alertam quanto à necessidade de uma prática profissional que não se conforme acriticamente com a força do mercado.
Palavras-chave: Infância. Contemporaneidade. Sofrimento.
Abstract: Faced with the influences that the contemporary lifestyle is capable of imprinting on the formation of subjectivities, it is questioned how children's ways of suffering can be reflections of the various pillars that sustain today's society. Thus, this article aims to describe the conceptions of psychology students from a public university in the interior of Piauí about contemporary child suffering. For this, open interviews were carried out, which underwent content analysis, with five students in the final stage of graduation. Four categories emerged that showed that the undergraduates' conceptions consider capitalist values, consumer culture, the pathologization of life and the “absence of parents” as key points for children's suffering. In view of this, a critical view of the students was perceived when analyzing the problem in a more comprehensive way and not being restricted only to the interpretation of suffering as a chemical imbalance. In addition, the conceptions give scope for reflection on the influences of the current lifestyle and its need for change, as well as warning about the need for a professional practice that does not conform uncritically with the strength of the market.
Keywords: Childhood. Contemporaneity. Suffering.
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