HÁ MEMÓRIA POLÍTICA NA BAIXADA FLUMINENSE? MEMÓRIAS DE UM TERRITÓRIO EM DISPUTA POR UM PRESENTE
DOI:
https://doi.org/10.12957/polemica.2018.45080Resumo
Resumo: O presente artigo busca propor uma reflexão sobre a memória política na Baixada Fluminense – território integrante da região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro –, considerando os postulados elencados por Lifschitz para tal conceito e a atividade recente de coletivos culturais na região. A proposta nasce de uma inquietação resultante de pesquisa anterior, realizada por Silva (2014), na qual, como conclusão, pouco se percebeu continuidade e ancoragem de iniciativas contemporâneas na trajetória de movimentos passados. Para o alcance do objetivo delineado, é primeiramente apresentada, com brevidade, a história local, bem como sua associação com a violência e a atuação como resistência. Em seguida, desenvolve-se o conceito de memória política para, enfim, correlaciona-lo com a proposição de releitura por meio do esquecimento pensado por Nietzsche, que serve à vida. Conclui-se com a ideia de que – apesar de diferenças que a fazem escapar, por vezes, do enquadramento no conceito em si – a Baixada Fluminense possui uma memória política em formação, que responde a um espectro não definido justamente porque encontra no presente novos contornos, mas que, entretanto, permanece ali impelindo movimentos, como os coletivos, à ações no espaço público revestidas de intencionalidades.
Palavras-chave: Memória política. Baixada Fluminense. Cultura. Coletivo. Memória e esquecimento.
Abstract: This paper proposes a reflection on the political memory in the Baixada Fluminense - an integral territory of the metropolitan region of Rio de Janeiro State -, considering the postulates listed by Lifschitz for such concept and the recent activity of cultural collectives in this region. The proposal rises from a concern resulting from previous research by Silva (2014), which, did not perceived complete continuity and anchoring of contemporary initiatives in the trajectory of past movements. In order to reach the objective outlined, the local history is first briefly presented, as well as its association with violence and acting as resistance. Then the concept of political memory is developed to finally correlate it with the proposition of rereading through the oblivion, by Nietzsche, which serves life. It concludes with the idea that – despite the differences that sometimes make it escape the framing of the concept itself - Baixada Fluminense has a political memory in formation, which responds to an undefined spectrum precisely because it finds in the present new but, however, it remains there impelling movements, like the collective ones, to actions in the public space with intentionalities.
Keywords: Political memory Baixada Fluminense. Culture. Collective. Memory and oblivion.
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