EDUCAÇÃO CORPORATIVA: UM ESTUDO SOBRE O DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS NA ELETROBRÁS
DOI:
https://doi.org/10.12957/polemica.2011.2912Resumo
No início do século XX, os princípios do engenheiro mecânico Frederick Winslow Taylor, considerado pai da administração científica, propôs a utilização de métodos científicos cartesianos na administração de empresas, dominavam as abordagens de pessoal, as quais priorizavam a concretização da tarefa, isto é, a realização do trabalho no menor tempo possível. O controle sobre os trabalhadores e sobre os tempos e movimentos eram o foco da administração científica, naquela época. Após Taylor, os princípios do engenheiro de minas Jules Henri Fayol, fundador da teoria clássica da administração, começaram a dominar as organizações. Nesse momento a administração era centrada na estrutura organizacional e na hierarquia. Hoje, ainda vemos esse tipo de abordagem, principalmente nas forças armadas, onde a unidade de comando é um dos pilares desses tipos de organizações. Nesta estrutura, o capital humano, entendido como as competências das pessoas e parte integrante do capital intelectual , o qual ainda é reconhecido, de modo freqüente como mero recurso organizacional. Recentemente, observou-se que as pessoas não eram apenas recursos, tais como máquinas e equipamentos, e sim indivíduos que precisam se relacionar, satisfazer seus desejos, se desenvolver, e possuir mais espaço na organização. Com efeito, no contexto atual, com a certeza da mudança, e num ritmo cada vez mais veloz, a necessidade de adaptabilidade das pessoas às novas tendências do mercado e às novas exigências tornou-se imprescindível para a sobrevivência das organizações. Além disso, as organizações perceberam que devem centrar seus esforços em suas competências essenciais, e que para o desenvolvimento dessas competências é preciso que existam pessoas, as quais devem ser geridas para que ocorra um aprendizado constante. A gestão dessas pessoas de forma eficiente irá desenvolver competências individuais em concordância com as competências organizacionais demandadas, as quais devem estar alinhadas com as estratégias organizacionais. Embora existam organizações que ainda vêem pessoas como recursos, muitas perceberam que o capital humano é adquirido por meio da educação formal e informal, e que constrói a verdadeira vantagem competitiva, desde que as competências desenvolvidas possam estar alinhadas aos objetivos estratégicos da organização. Nesse contexto, no mais alto nível de uma organização – o nível estratégico – surge o conceito de educação corporativa, pois é através dela que se irá promover o desenvolvimento dos colaboradores das organizações, aumentando o capital humano organizacional e consequentemente, a competitividade. A educação corporativa, entendida como uma prática coordenada de gestão de pessoas e de gestão do conhecimento e orientada pela estratégia empresarial e vem fazendo parte das organizações no Brasil e no mundo. A partir da educação corporativa, surgiu o conceito de universidade corporativa - UC, a qual tem como foco principal gerir o conhecimento organizacional, promovendo o aprendizado de todos os colaboradores da organização, em consonância com os objetivos estabelecidos no planejamento estratégico organizacional. Uma vantagem da UC é a disseminação da cultura e dos valores éticos para os stakeholders da organização por meio da gestão de pessoas e do conhecimento. É neste contexto que se insere o presente artigo, que objetiva analisar a importância da educação corporativa desenvolvida em uma UC, como forma de desenvolvimento das competências alinhadas às estratégias organizacionais, por meio do estudo do referencial teórico sobre o tema e do caso da Universidade Corporativa do Sistema Eletrobrás - UNISE.
Palavras-chave: competência, universidade corporativa, gestão do conhecimento, gestão de pessoas, capital intelectual.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Cabem ao autor/autora os direitos autorais dos artigos publicados na Polêm!ca, resguardando-se à revista o direito de primeira publicação. Cientes, revista e autores/as, que todos os artigos são de uso gratuito, para fins educacionais e não-comerciais, permitindo que outros remixem, adaptem e construam sobre o trabalho, desde que citada a fonte, quando da sua utilização integral ou parcial, de acordo com a licença Creative Commons CC BY-NC.
O(s) autor(es) tem/têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Respeitando a licença autoral adotada pela Polêm!ca, estimulamos nossos leitores a promover, refletir e escrever, a partir das nossas publicações, incluindo nas citações o link para o artigo disponível no site da Revista Polêm!ca, sempre que um artigo for citado ou replicado, e observando a grafia correta do nome da revista Polêm!ca.
Todo o conteúdo de terceiros (imagens, trechos, citações, etc.) deverá possuir referências a sua fonte original adicionadas como notas de rodapé ou referências bibliográficas com sua devida identificação.
Artigos submetidos que contiverem citações, tabelas ou imagens extraídas de outras publicações não serão aceitos, caso possuam mais conteúdo de terceiros do que conteúdo original.
Revista Polêm!ca está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.