“SENTIR PARA ENTENDER”: JUVENTUDE, PRESENÇA E SENTIDOS

Autores

  • Gustavo Coelho Doutor em Educação. Professor Adjunto da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. Professor do Programa de Pós-Graduação em Educação, Comunicação e Cultura em Periferias Urbanas – FEBF/UERJ. E-mail: coelhoguga@gmail.com.

DOI:

https://doi.org/10.12957/polemica.2016.26456

Resumo

DOI: 10.12957/polemica.2016.26456
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Resumo: A partir de alguns trechos de conversas com jovens praticantes de culturas marginalizadas de intensa corporeidade, tais como o funk e a piXação, notou-se que seus discursos buscavam na sensorialidade, nas sensações corporais, ou seja, em algo que de certo modo escapa aos seus controles racionais, os impulsos mais vitais aos seus fazeres, paradoxalmente, portanto, a “razão” mais fundante que os agita. Nessa espécie de franqueza jovem que reconhece, fora do reinado da racionalidade instrumental, uma dimensão também ativa naquilo que nos move, este artigo encontra material eloquente e os costura especialmente com o conceito de “presença” em Gumbrecht, a fim de atualizar empiricamente, em um cotidiano popular, os modos tanto discursivos quanto gestuais que, esquivando-se ao monopólio da clareza, parecem defender-se contra a ameaça do desencantamento, garantindo a intensidade necessária à boa fruição. Para tanto, Maffesoli, Jung, Foucault, Blanchot, entre outros, também – cada um a seu modo, mas todos em investimento crítico ao paradigma da modernidade, da consciência – formam a plataforma teórica.

Palavras-chave: Juventude. Epistemologia. Presença. Estética.

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Abstract: From some excerpts from conversations with young practitioners of marginalized cultures of intense corporeality, such as funk and piXação, it’s noticed note that their speeches were seeking in sensuousness, in bodily sensations, in something that somehow escapes their rational control, the most vital impulses to their doings, paradoxically so, the most foundational "reason" that agitates them. In this kind of youth frankness that recognizes out of the reign of instrumental rationality, one dimension also active in what moves us, this article, then, finds eloquent materials and sews them especially with the concept of "presence" in Gumbrecht, in order to update empirically, in a popular enviroment, modes both discursive and gestural that, dodging the monopoly of clarity, seem to defend themselves against the threat of disenchantment, ensuring the necessary intensity to good fruition. Therefore, Maffesoli, Jung, Foucault, Blanchot, among others, also, each in their own way, but all in a critical investment to the paradigm of modernity, of consciousness, form the theoretical platform.

Keywords: Youth. Epistemology. Presence. Aesthetics.

Publicado

2016-11-24

Como Citar

Coelho, G. (2016). “SENTIR PARA ENTENDER”: JUVENTUDE, PRESENÇA E SENTIDOS. POLÊM!CA, 16(4), 001–012. https://doi.org/10.12957/polemica.2016.26456

Edição

Seção

HÍBRIDOS