METÁFORAS DO SONHAR: A SUPERVISÃO CLÍNICA COMO ESPAÇO TRANSICIONAL.
DOI:
https://doi.org/10.12957/polemica.2016.22907Abstract
DOI: 10.12957/polemica.2016.22907
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A experiência profissional como docente do curso de graduação em Psicologia, em uma Universidade Federal, baseia as considerações propostas pela autora sobre a questão da supervisão clínica em estágios curriculares obrigatórios efetuados por alunos de quarto e quinto ano da graduação, no âmbito da clínica-escola da universidade. Respaldando-se na perspectiva psicanalítica, a autora toma como ponto de partida a ideia, apresentada por Freud, que o trabalho clínico deve seguir o modelo do processo onírico. Baseando-se na hipótese enunciada por Winnicott sobre a faculdade transicional dos sonhos, propõe a compreensão do espaço de supervisão como metáforas do sonhar, ou seja, como espaço transicional no interior do qual a instauração do jogo criativo permite a construção de realidades compartilhadas a partir dos elementos aí dispostos. Tais considerações sustentam a tese da autora de que, para que a prática de estágio curricular possa ter uma sustentação psicanalítica, faz-se necessário que o entrelaçamento, proposto por Freud, entre clínica e teoria, seja mantido derivando deste a noção de que o processo clínico não se resume ao momento das sessões estabelecidas entre alunos e pacientes, mas inclui o espaço de supervisão em sua transicionalidade.
Palavras-chave: Supervisão. Psicanálise. Universidade. Sonhos. Transicionalidade.
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Abstract: The professional experience as a teacher of undergraduate degree in Psychology, in a Federal University, base the considerations proposed by the author on the issue of clinical supervision in internships, performed by students of fourth and fifth graduation’s year at the clinical-school of the university. Backing up on the psychoanalytic perspective, the author takes as its starting point, the idea put forward by Freud, that clinical work should follow the model of the dream process. Based on the hypothesis stated by Winnicott on the transitional function of dreams, proposes thr understanding of the space of supervision as a metaphors of dreams, that is, as a transitional space within which the establishment of creative play allows the construction of realities shared from the elements arranged therein. Such considerations support the thesis of the author that for the traineeship may have a psychoanalytic support, it is necessary that the entanglement proposed by Freud between practice and theory be maintained. Deriving from this, the notion that clinical process is not completed with the sessions established between students and patients, but includes the space of supervision in its transitionality.
Keywords: Supervision. Psychoanalysis. University. Dreams. Transitionalidade.
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