INQUIETAÇÕES E CONSTRUÇÕES: UM TRABALHO NO HOSPITAL GERAL À LUZ DA PSICANÁLISE

Authors

  • Nathalie Pavese
  • Tiene Guimarães

DOI:

https://doi.org/10.12957/polemica.2015.19356

Abstract

DOI: 10.12957/polemica.2015.19356
____________________________________

Mediante a atuação da psicologia, segundo orientação psicanalítica, em uma residência multiprofissional no hospital geral, encontram-se diversos impasses e limitações que demonstraram a necessidade de desenvolver este estudo. Desse modo, permanecem as questões: existe espaço para a psicanálise em uma instituição na qual há a supremacia do orgânico? Ela se faz possível dentro de um programa de residência que envolve profissionais de diversas categorias da área da saúde? Tais dúvidas, advindas da atuação, carecem de tentativas de respostas, afinal, as dificuldades encontradas não são impeditivas para o trabalho. Elas enaltecem o que é próprio da psicanálise, perpassadas por questionamentos provindos de inquietações clínicas. Quando a equipe se depara com contradições, quando o paciente não “adere ao tratamento” médico, surge o pedido de que se exclua isso a fim de apaziguar o sujeito. Com base nos textos freudianos e contemporâneos foi possível desenvolver diversas reflexões, dentre elas: as visitas médicas; a supervisão em uma instituição; a pesquisa em psicanálise; a dificuldade em se preservar o sigilo e a ausência do setting analítico; e, sobretudo, o espaço que a psicanálise ocupa em um local onde a cura de doenças orgânicas é priorizada frente à subjetividade. Ao lidar com o inconsciente, com as angústias, com o sofrimento e com o que a internação pode provocar na subjetividade, percebe-se que a inserção da psicanálise, apesar das dificuldades, é essencial nesta instituição.

Palavras-chave: Psicanálise. Hospital. Residência multiprofissional. Subjetividade.

 

 

RESTLESSNESS AND CONSIDERATIONS: A STUDY ON THE GENERAL HOSPITAL ENLIGHTENED BY PSYCHOANALYSIS

Abstract: The performance as a psychologist, with psychoanalysis orientation, in a multifunctional residency at a general hospital, found many limitations and issues, which makes necessary the development of this study. Thereby, some questions are made: Is there space for psychoanalysis in an institution, which has organic supremacy? Psychoanalysis is possible inside a residency program involving professionals in different health categories? Such doubts, created during performance, struggle to find an answer; after all, these issues do not prevent the work to happen. They magnify what is characteristic of psychoanalysis, which is questioning work related issues. When a team faces contradictions, a patient do not “accept the medical treatment”, a request is made to erase this to pacify the subject. In accordance with Freud and contemporary texts it was possible to create several reflections, such as: doctor visits; supervisor in an institution; psychoanalysis research; the difficulty to respect confidentiality and absence of analytical setting; and most of all, the space that psychoanalysis belongs in a place where cure of organic disease is prioritize in front of subjectivity.  Dealing with unconscious, anguish, suffering and the meaning of admission to a hospital can cause subjectivity, it is possible to notice that psychoanalysis, even with difficulties, is essential in this institution.

Key Words: Psychoanalysis. Hospital. Multifunctional Residency. Subjectivity.

 

Author Biographies

Nathalie Pavese

Psicóloga, graduada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), residente no Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Atenção Hospitalar no Hospital de Clínicas da UFPR. E-mail: nathalie.pavese@gmail.com.

 

Tiene Guimarães

Psicóloga, graduada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), residente do Programa da Saúde da Criança e do Adolescente no Hospital de Clínicas da UFPR. E-mail: tiene.guimarães1@gmail.com


Published

2015-10-28

How to Cite

Pavese, N., & Guimarães, T. (2015). INQUIETAÇÕES E CONSTRUÇÕES: UM TRABALHO NO HOSPITAL GERAL À LUZ DA PSICANÁLISE. POLÊM!CA, 15(3), 105–114. https://doi.org/10.12957/polemica.2015.19356

Issue

Section

QUESTÕES CONTEMPORÂNEAS