A REVOLUÇÃO MOLECULAR E O DEVIR MINORITÁRIO COMO RESISTÊNCIA À PSIQUIATRIZAÇÃO DO DISPOSITIVO DA SEXUALIDADE: DOS DESVIOS ÀS PERFORMANCES DE GÊNERO E SEXUAIS
DOI:
https://doi.org/10.12957/polemica.2014.13205Resumo
O artigo pretende discutir a incidência do processo de psiquiatrização no dispositivo dasexualidade para, assim, entrevermos modalidades de resistência face às estratégias normativas que, porsua vez, capturam as experiências singulares para classificá-las como patológicas. Para isso, o trabalhopartirá das contribuições de Foucault (1976) sobre a história da sexualidade, a fim de demonstrar comoesta foi positivada da Idade Clássica ao século XIX – por exemplo, pelas tecnologias médicas do sexo -não sendo mais negativizada pela lei proibitiva soberana. Em seguida, a partir das formulações de Russo eVenâncio (2006), serão apresentadas algumas transformações que se deram na nosografia psiquiátrica noque tange ao campo da sexualidade. Isso permitirá observar que o discurso psiquiátrico tem sidoatravessado pelo imperativo da eficácia, o que preconiza o reforço da normalidade (Castel, 1987) epropicia o uso de medicamentos, como o Viagra. Por fim, a partir das noções de revolução molecular(Guatarri, 1977) e de devir minoritário (Deleuze e Guatarri, 1996), serão elucidadas algumas formas deresistência em relação às estratégias normativas. Neste sentido, o artigo demonstrará que a psiquiatrizaçãoda sexualidade está a serviço da preservação do paradigma do binarismo sexual (Bento, 2006; Butler;2013) e da exigência da performance e que, a partir de movimentos de diferenciação, é possível criarnovas modalidades de experimentar, sentir e de se relacionar (Peixoto Junior, 2008).Downloads
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