Bourdieu e a linguística sob o prisma da sociologia
DOI:
https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2025.89752Palavras-chave:
linguística, linguagem, discurso, retórica, falaResumo
A obra "A economia das trocas linguísticas" de Pierre Bourdieu é de suma importância ao mostrar que o signo não tem existência em si fora do modo de produção linguística de forma concreta, apontando que todas as transações linguísticas em cada contexto dependem da estrutura do campo linguístico, este último representa a expressão particular da estrutura das relações de forças entre os grupos sociais possuidores de competências linguísticas necessárias em uma situação multilinguística como expressas pela língua dominante e a língua dominada. O discurso deve sempre suas características mais relevantes às relações de produção linguísticas nas quais ele é produzido. Dentro de uma determinada situação social, cuja realidade apresenta regras específicas, o ser social atua como um agente dentro de uma configuração de relações dentro de uma estrutura na qual a sua habilidade linguística, por meio de interações comunicacionais, poderá lograr sucesso ou não, a sua aprovação ou não, a denominada competência ampliada. Assim sendo o conceito de campo abarca uma realidade social específica na qual se estabelece uma relação de trocas dentro do respectivo mercado, para além da perspectiva marxista, demonstra como a relação de poder se baseia permanentemente no poder econômico e na posição social do falante, é aquilo que o autor denomina "pode mais quem possui mais ´capital´ ", cujo capital varia conforme o mercado em questão.
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Referências
BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas linguísticas: o que falar quer dizer. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo: Edusp, 2022.
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