“Medicina não é curso pra filho de doméstica não”: (im)pactos da/para branquitude
DOI:
https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2024.84679Keywords:
(im)pactos da branquitude;, poder-verdade, interseccionalidade, colonialidade, resistência.Abstract
This article presents a discursive reading of the story of the son of a black housemaind, taken from the book “I, a housemaid: the modern slave quarters is the maid’s room” (2019) with the aim of analyzing the relationship between the hegemony of whiteness and the construction of racism in defining places of privilege in society. To this end, it is based on the concepts of pact of whiteness by Cida Bento (2022), on the notions of power/truth by Michel Foucault (1979), and on the coloniality of power and being by Aníbal Quijano (2010,2005) and Nelson Maldonado-Torres (2007), in addition to the intersectional perspective of Angela Davis (2016). The persistence of a white normative standard defines social places, reflecting colonial (im)pacts. However, irony emerges as a strategy of resistance and re-existence (Souza, 2011).
Downloads
References
BENTO, Cida. O pacto da branquitude. 1 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.
BRAIT, Beth. Ironia em perspectiva polifônica. 2 ed. Campinas, SP: Unicamp, 2008.
CARNEIRO, Aparecida Sueli. Dispositivo de Racialidade: A construção do outro como não-ser como fundamento do ser. 1 ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2023.
CARNEIRO, Aparecida Sueli. Gênero e raça na sociedade brasileira. In: BRUSCHINI, Cristina; UNBEHAUM, Sandra. Gênero, democracia e sociedade brasileira. São Paulo: Editora 34 [Fundação Carlos Chagas], 2002. p. 150-185.
CASTRO-GÓMEZ, Santiago; GROSFOGEL, Ramón. El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Universidad Javeriana - Instituto Pensar, Universidad Central - IESCO, Siglo del hombre, 2007.
DAVIS, Ângela. Mulheres, raça e classe. Tradução: Heci Regina Candiani. 1 ed. São Paulo: Boitempo, 2016.
FERREIRA, Dina Maria Martins; MACHADO, Lucineudo Irineu. Colonialidade do saber. In: MATOS, Doris Cristina Vicente da Silva; SOUSA, Cristiane Maria Campelo Lopes Landulfo de (orgs.). Suleando conceitos em linguagens: decolonialidades e epistemologias outras. Campinas: Pontes Editores, 2022, 67 - 75.
FOUCAULT, Michel. Arqueologia do Saber. 8 ed. Tradução Luiz F.B. Neves. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. Tradução: Roberto Machado. 29 ed. Rio de Janeiro: Graal, 1979.
FREDRICH, Vanessa C. R.; COELHO, Izabel C. M.; SANCHES, Leide C. Desvelando o racismo na escola médica: experiência e enfrentamento do racismo pelos estudantes negros na graduação em Medicina. Trabalho, Educação e Saúde, Rio de Janeiro, v. 20, p.1-14, abr. 2022.
GONZÁLEZ, Lélia. A mulher negra na sociedade brasileira: Uma abordagem político-econômica. In: RIOS, Flavia; LIMA, Márcia (Orgs.) Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos. 1a ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.p.43-57
KILOMBA, Grada. Memórias da Plantação: Episódios de Racismo Cotidiano. Trad. De Jess Oliveira. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.
MALDONADO-TORRES, Nelson. Sobre la colonialidad del ser: contribuciones al desarrollo de un concepto. In: Santiago Castro-Gómez y Ramón Grosfoguel (eds.). El giro decolonial. Reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. 1 ed. Bogotá: Iesco-Pensar-Siglo del Hombre Editores, 2007, p. 127-167.
MATOS, Doris; LANDULFO, Cristiane (orgs.). Suleando conceitos em linguagens: decolonialidades e epistemologias outras. Campinas, SP: Pontes Editores, 2022.
MOORE, Carlos. Racismo e sociedade: novas bases epistemológicas para entender o racismo. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2007.
MUNANGA, Kabengele. Negritude: usos e sentidos. 4 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder e classificação social. In: SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (Orgs.). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010. p. 68-107.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocetrismo e América Latina. LANDER, Edgardo (orgs). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latinoamericanas. CLACSO, Buenos Aires, Argentina. 2005.
QUIJANO, Aníbal. “Raza”, “etnia” y “nación” en Mariátegui. In: Cuestiones y horizontes: de la dependencia histórico-estructural a la colonialidad/descolonialidad del poder - Eje 3. Buenos Aires: CLACSO, 2014, p. 757-776. ISBN 978-987-722-018-6. Disponível em: http://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/se/20140507040653/eje3-7.pdf. Acesso em: 10 Mar. 2024.
RARA, Preta. Eu, empregada doméstica: a senzala moderna é o quartinho da empregada. Belo Horizonte: Letramento, 2019.
RIBEIRO, Djamila. Lugar de Fala. 1 ed. São Paulo: Pólen Livros, 2019.
SINHÁ. In: DICIO, Dicionário Online de Português. Porto: 7Graus, 2024. Disponível em: https://www.dicio.com.br/sinha/. Acesso em: 29 jul. 2024.
SOUZA, Ana Lúcia Silva. Letramentos de reexistência: poesia, grafite, música, dança: hip-hop. São Paulo: Parábola, 2011.
TEIXEIRA, Juliana Cristina; SARAIVA, Luiz Alex Silva; CARRIERI, Alexandre de Pádua. Os Lugares das Empregadas Domésticas. Revistaoes. Salvador, v. 22, n. 72, p. 161-178. Jan./Mar. 2015.
VIDA, Samuel. Racistocracia: o verdadeiro nome da democracia que se alimenta do racismo. In: SANTOS, Hélio (org.). A resistência negra ao projeto de exclusão racial: Brasil 200 anos (1822>2022). São Paulo: Jandaíra, 2022.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Palimpsesto journal publishes original articles and reviews in the field of Literature, Language and Linguistics. We also publish mixed and/or thematic issues, with articles and reviews in Portuguese, English, Spanish, and French.
Authors retain copyright and grant the journal the right of its first publication, with the work simultaneously licensed under Creative Commons Attributions License, which allows sharing of the work with an acknowledgement of authorship and initial publication in this journal.
Palimpsesto uses a Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional license.