Chinaredo, chinas e chinocas no conto “Divertidos”, de Roque Callage: uma análise histórico-enunciativa

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2024.84604

Palabras clave:

Estudos de gênero, História das Ideias Linguísticas, Regionalismo, Roque Callage.

Resumen

El presente artículo presenta un análisis histórico-enunciativo sobre las palabras chinaredo, chinas y chinocas y la relación que esas palabras establecen con otras en el cuento “Divertidos” extraído de la obra Terra Gaúcha (2000 [1914]), escrita por Roque Callage. En la realización de ese gesto analítico, movilizo presupuestos teórico-metodológicos de la Historia de las Ideas Lingüísticas (HIL) y el concepto de reescrituración propuesto por Guimarães (2009, 2018), a fin de comprender cómo chinaredo, chinas y chinocas son reescritas por medio de otras palabras. A partir de ese análisis, establezco un diálogo entre Lingüística, Historia y Estudios de género, considerando el modo como las relaciones entre esos tres campos del saber se significan en las definiciones de las palabras.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Felipe Rodrigues Echevarria, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Pós-doutorando no Programa de Pós-Graduação em Práticas Socioculturais e Desenvolvimento Social (Universidade de Cruz Alta - UNICRUZ). Doutor e mestre em estudos Linguísticos pela UFSM - Universidade Federal de Santa Maria. Graduado em Comunicação Social - Habilitação Publicidade e Propaganda pela UNICRUZ - Universidade de Cruz Alta (2011) e graduando do curso de Letras - Licenciatura - Habilitação Espanhol e Literaturas da Língua Espanhola da UFSM. No ano de 2015, durante um semestre, participou de um programa de intercâmbio na Colômbia, na Universidade Uniminuto - Corporación Universitária Minuto de Dios, onde era graduando do curso de Licenciatura en Educación Basica con Enfasis en Humanidades y Lengua Castellana e ministrava um curso básico de Português para falantes de espanhol. Em sua trajetória como pós-graduando, vem realizando trabalhos e pesquisas vinculados aos Estudos Enunciativos e à História das Ideias Linguísticas.

Citas

ALENCAR, José. O gaúcho. 3. ed. São Paulo: Ática, 1998.

AUROUX, Sylvain. A revolução tecnológica da gramatização. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2014.

BENVENISTE, Émile. Problemas de Linguística Geral I. Campinas, SP:

Pontes Editores, 2005.

BENVENISTE, Émile. Problemas de linguística geral II. Campinas: Pontes, 2006.

CALLAGE, Roque. Terra gaúcha: cenas da vida rio-grandense. Santa Maria: UFSM, 2000

CALLAGE, Roque. Vocabulario gaúcho. Porto Alegre: Livraria do Globo, 1928.

CONNEL, Raewyn. Gênero em termos reais. São Paulo: nVersos, 2016.

BRUM, Ceres Karam. Indumentária gaúcha: uma análise etnográfica da pedagogia tradicionalista das pilchas. In: OLIVEN, Ruben George; MACIEL, Maria Eunice; BRUM, Ceres Karam (ed.). Expressões da cultura gaúcha. Santa Maria: Ed. da UFSM, 2010, p. 65-96.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismos e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

DEL PRIORE, Mary. Histórias íntimas: sexualidade e erotismo na história do Brasil. 2. ed. São Paulo: Planeta, 2014.

ECHEVARRIA, Felipe Rodrigues. As palavras e a enunciação: a china, a machorra e a morocha no Dicionário de regionalismos do Rio Grande do Sul. 2022. 222f. Tese (Doutorado em Letras) – Centro de Artes e Letras, Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, 2022.

ECHEVARRIA, Felipe Rodrigues. Designações de sujeitos na obra Vocabulario gaúcho de Roque Callage. 2013. 113f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Centro de Artes e Letras, Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, 2016.

GOFFMAN, Erving. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2019.

GUIMARÃES, Eduardo. A enumeração: funcionamento enunciativo e sentido. Cadernos de Estudos Lingüísticos, Campinas, v. 51, n. 1, p. 49-68, jan./jun. 2009.

GUIMARÃES, Eduardo. Semântica: enunciação e sentido. Campinas, SP: Pontes Editores, 2018.

GUIMARÃES, Eduardo; ORLANDI, Eni Puccinelli. Língua e Cidadania: o português no Brasil. Campinas: Pontes, 1996.

GUTFREIND, Ieda. A historiografia sul-rio-grandense e o mito do gaúcho brasileiro. In: GONZAGA, Sergius; FISCHER, Luís Augusto (ed.). Nós, os gaúchos. Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRGS, 1995, p. 148-152.

HOHLFEDLT, Antonio. Rio Grande do Sul: a fronteira como debate. In: BOEIRA, Nelson (ed.). Rio Grande em debate: conservadorismo e mudança. Porto Alegre: Sulina, 2008, p. 101-108.

LAYTANO, Dante. O linguajar do gaúcho brasileiro. Porto Alegre: Escola Superior de Teologia São Lourenço de Brides, 1981.

LEAL, Ondina Fachel. Os gaúchos: cultura e identidades masculinas no pampa. Porto Alegre: Tomo Editorial, 2021.

LEENHARDT, Jacques. Fronteiras, fronteiras culturais e globalização. In: MARTINS, Maria Helena (ed.). Fronteiras Culturais – Brasil – Uruguai – Argentina. São Paulo: Ateliê Editorial, 2002.

MACIEL, Maria Eunice de Souza. Memória, tradição e tradicionalismo no Rio Grande do Sul. In: BRESCIANI, Stella; NAXARA, Márcia (ed.). Memória e (res)sentimento: indagações sobre uma questão sensível. Campinas: Editora da Unicamp, 2001, p. 239-267.

MARCHIORI, José Newton Cardoso. Roque Callage: autor e obra. In: CALLAGE, Roque (ed.). Terra gaúcha: cenas da vida rio-grandense. Santa Maria: UFSM, 2000, p. 9-15.

MOSCHKOVICH, Marília. Traduzir Raewyn Connel. In: RAEWYN, Connel (ed.). Gênero em termos reais. São Paulo: nVersos, 2016, p. 11-15.

MURARI, Luciana. “O gênio tumultuário da raça”: guerra e política no discurso histórico-literário de Roque Callage. Letras, Santa Maria, v. 19, n. 1, p. 131-52, jan./jul. 2009.

NOLASCO, Sócrates. O mito da masculinidade. Rio de Janeiro: Rocco, 1993.

NUNES, José Horta. Dicionários: história, leitura e produção. Revista de Letras, Taguatinga, v. 3, n. 1/2, p. 06-21, set. 2010a.

NUNES, José Horta. Espaço urbano, sujeito e dicionário: definição e formas do silêncio. Fragmentum, Santa Maria, Laboratório Corpus, n. 26, p. 45-54, jul./set. 2010b.

NUNES, José Horta. Lexicologia e Lexicografia. In: GUIMARÃES, E; ZOPPI-FONTANA, M. (ed.). Introdução às Ciências da Linguagem: a palavra e a frase. Campinas: Pontes, 2010c, p. 147-172.

NUNES, Zeno Cardoso; NUNES, Rui Cardoso. Dicionário de regionalismos do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Martins livreiro, 1984.

OLIVEN, Ruben George. A invisibilidade social e simbólica do negro no Rio Grande do Sul. In: LEITE, Ilka Boaventura (ed.). Negros no sul: invisibilidade e territorialidade. Florianópolis: Editora Letras Contemporâneas, 1996, p. 13-32.

OLIVEN, Ruben George. O renascimento do gauchismo. In: GONZAGA, Sergius; FISCHER, Luís Augusto (ed.). Nós, os gaúchos. Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRGS, 1995, p. 77-80.

ORLANDI, Eni Puccinelli. História das ideias linguísticas: construção do saber metalinguístico e constituição da língua nacional. São Paulo: Pontes, 2001.

PERIN, Henrique. Porto Alegre e suas representações sociais na coluna A Cidade de Roque Callage. Oficina do Historiador, Porto Alegre, v. 12, n. 2, p. 1-15, jul./dez. 2019.

PETRI, Verli. A produção de efeitos de sentidos nas relações entre língua e sujeito: um estudo discursivo da dicionarização do “gaúcho”. Letras, Santa Maria, v. 18, n. 2, p. 227-243, jul./dez. 2008.

SAINT-HILAIRE, Auguste. Viagem ao Rio Grande do Sul. 2. ed. Porto Alegre: Martins Livreiro, 1987.

SILVA, Juremir Machado. Mínimo denominador comum gaúcho. In: BOEIRA, Nelson (ed.). Rio Grande em debate: conservadorismo e mudança. Porto Alegre: Sulina, 2008, p. 7-10.

STURZA, Eliana Rosa. Vocabulário sul-rio-grandense: De Instrumento Linguístico à Constituição de um Discurso Fundador. Letras e Instrumentos Linguísticos, Campinas, v. 9, n. 18, p. 101- 121, jul./dez. 2006.

TATSCH, Juliane. O discurso regional na constituição da identidade do Gaúcho. Revista Escrita, Rio de Janeiro, n. 19, p. 243-253, 2014.

TEIXEIRA, Sérgio Alves. Os recados das festas: representações e poder no Brasil. Rio de Janeiro: Funarte, 1988.

TREVISAN, João Silvério. Seis balas num buraco só: a crise do masculino. Rio de Janeiro: Record, 1998.

Publicado

2024-09-27

Cómo citar

ECHEVARRIA, Felipe Rodrigues. Chinaredo, chinas e chinocas no conto “Divertidos”, de Roque Callage: uma análise histórico-enunciativa. Palimpsesto - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ, Rio de Janeiro, v. 23, n. 46, p. 148–169, 2024. DOI: 10.12957/palimpsesto.2024.84604. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/palimpsesto/article/view/84604. Acesso em: 23 may. 2025.