Entre o caos e o ideal: uma análise de “Corpos Secos: um romance”
DOI:
https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2025.83616Palavras-chave:
romance brasileiro contemporâneo, utopia, distopiaResumo
A proposta deste artigo é analisar o tema da distopia no romance brasileiro contemporâneo Corpos secos: um romance. Nessa narrativa, reconhecemos uma espécie de utopia fracassada que gera uma distopia. A partir disso, discussões sociais relevantes são colocadas em evidência diante do Brasil enquanto realidade concreta, fazendo com que haja a oportunidade de pensarmos novamente em utopias, mas como construções diárias em um processo mais pragmático e eficaz para o presente. Apesar de o livro ser centrado no aspecto distópico, observamos uma tangência entre utopias e distopias, na medida em que esses olhares contrários se complementam. Sob uma perspectiva social e histórica, os estudos de Bloch (2005), Szachi (1972), Vieira (2010) serão fundamentais para compreendermos a dinamicidade das utopias e a formação das distopias.
Referências
BERETTA, Laysa Louise da Silva. A imagem da utopia e as suas aparições na contemporaneidade. Universidade Estadual de Londrina: 2023. Notas de aula.
BITENCOURT, Fabrício Rezende. A cidade de Florianópolis como lugar utópico na obra Corpos secos: um romance. Revista Garrafa, Rio de Janeiro, v. 20, n. 57. Janeiro - Junho, 2022. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/garrafa/article/view/55739/ Acesso em: 30 de novembro de 2023.
BLOCH, Ernst. O Princípio Esperança. Tradução: Nélio Schneider. V. I. Rio de Janeiro: Editora Contraponto, 2005.
CANDIDO, Antônio. Literatura e sociedade. 8. ed. São Paulo: Publifolha, 2000.
GEISLER, Luisa. A distopia em tempos de pandemia. Coletivo Sinestésicas, Portugal, V. 2, N. 2, 2020, maio. p. 243-247. Entrevista concedida a Taynnã de Camargo Santos.
GEISLER, Luisa.; FERRONI, Marcelo Rocha; POLESSO, Natalia Borges; MACHADO, Samir Machado de Machado. Corpos secos: um romance. 1. ed. São Paulo: Alfaguara, 2020.
HILÁRIO, Leomir Cardoso. Teoria crítica e literatura: a distopia como ferramenta de análise radical da modernidade. Anuário de Literatura, Florianópolis, v. 18. n. 2, p. 201-215, 2013. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/2175-7917.2013v18n2p201. Acesso em: 04 de dezembro de 2023.
JACOBY, Russel. Imagem imperfeita: pensamento utópico para uma época antiutópica. Tradução de Carolina Araújo. 1. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.
LIEBEL, Vinícius. Distopias – um gênero na história. In: LIEBEL, Silva (org.). Das utopias modernas às distopias contemporâneas: conceito, prática e representação. 1. ed. Belo Horizonte [MG]: Fino Traço, 2021. p. 189-217.
SZACHI, Jerzy. As Utopias ou A felicidade Imaginada. Tradução de Rubem César Fernandes. Vol. I. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1972.
VIEIRA, Fátima. The concept of utopia. In: CLAYERS, Gregory (ed.). The Cambridge
companion to utopian literature. United Kingdom: Cambridge University Press, 2010.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A revista Palimpsesto publica artigos e resenhas inéditos, referentes as áreas de Letras e Linguística. Publica volumes mistos e/ou temáticos, com artigos e resenhas em português, inglês, espanhol e francês.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Palimpsesto utiliza uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.
