A dança do pássaro e da serpente: uma análise do poema “Víbora-soneto” de Carlos Nejar
DOI:
https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2025.82924Palavras-chave:
Carlos Nejar, Os invisiveis: tragédias brasileiras, Simbologia, Poesia, arquétipos materiaisResumo
Carlos Nejar, em seu Os invisíveis: tragédias brasileiras (2019), compõe uma autêntica poética dos elementos. Dessa obra, elegemos o poema “Víbora-soneto” como corpus de análise deste artigo, nos propondo elucidar de que maneira os arquétipos materiais conduzem a elaboração da poesia e quais implicações semânticas e formais esse processo configura. Para isso, nossas considerações se fundamentam especialmente pelas proposições de Heinrich Lausberg (1972), Gaston Bachelard (1994), Jean Chevalier e Alain Gheerbrant (2015). Em “Víbora-soneto”, o conteúdo e a forma transmitem simbolicamente a dinâmica do vento e do fogo, emulando respectivamente os movimentos do corvo e da víbora. Analisamos esses elementos a fim de compreender a dança entre o pássaro e a serpente evocada no poema.
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