Verbo mudo — Maria Velho da Costa e a imagem da casa do meio

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2024.79571

Palavras-chave:

casa-meio, círculo, intimidade, memória, linguagem.

Resumo

A literatura, nos seus múltiplos desdobramentos, poderá ser um embasamento para pensar, e até questionar, o papel das humanidades na atualidade, pelo prisma da memória e da descolonização da linguagem, aspectos estes orientadores da presente proposta. No domínio da literatura, a imagem da casa é uma dinâmica que evoca e dialetiza figuras afetivas sugerindo certos efeitos emocionais na produção de uma estrutura complexa que modifica os valores da realidade e questiona os limites da memória na recriação e transmissão dos factos do passado. Esse corpo-a-ser é O livro do meio de Maria Velho da Costa (e do seu correspondente Armando Carvalho), em concreto os fragmentos em que a autora-narradora se encolhe até entrar na escrita que ampara a sua “Casa dos Gritos”.

 

Biografia do Autor

Susana Vieira, Universidade Nova de Lisboa (IELT); Universidade de Lisboa (CLEPUL)

Doutoranda em Estudos de Literatura na Universidade Nova de Lisboa; investigadora integrada no CLEPUL-Universidade de Lisboa; professora no Instituto de Cultura e Língua Portuguesa da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

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Publicado

2024-01-30

Como Citar

Vieira, S. (2024). Verbo mudo — Maria Velho da Costa e a imagem da casa do meio. Palimpsesto - Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Letras Da UERJ, 23(44), 593–609. https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2024.79571

Edição

Seção

Estudos de Literatura (Tema livre)