Verbo mudo — Maria Velho da Costa e a imagem da casa do meio
DOI:
https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2024.79571Palavras-chave:
casa-meio, círculo, intimidade, memória, linguagem.Resumo
A literatura, nos seus múltiplos desdobramentos, poderá ser um embasamento para pensar, e até questionar, o papel das humanidades na atualidade, pelo prisma da memória e da descolonização da linguagem, aspectos estes orientadores da presente proposta. No domínio da literatura, a imagem da casa é uma dinâmica que evoca e dialetiza figuras afetivas sugerindo certos efeitos emocionais na produção de uma estrutura complexa que modifica os valores da realidade e questiona os limites da memória na recriação e transmissão dos factos do passado. Esse corpo-a-ser é O livro do meio de Maria Velho da Costa (e do seu correspondente Armando Carvalho), em concreto os fragmentos em que a autora-narradora se encolhe até entrar na escrita que ampara a sua “Casa dos Gritos”.
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