Um animal tão humano: "Cadáver Exquisito", de Agustina Bazterrica, uma distopia animalista
DOI:
https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2024.78508Palavras-chave:
literatura distópica, Saboroso Cadáver, animal studies, literatura argentina.Resumo
Na distopia argentina Cadáver Exquisito (2018a), de Agustina Bazterrica, o canibalismo é institucionalizado após uma pandemia de um vírus desconhecido eliminar todos os animais do planeta, exceto os humanos. A partir da análise dessa obra, o presente trabalho busca compreender em que sentidos o conceito tradicional de humano é deslocado no processo de sua transformação em carne. Buscou-se identificar os procedimentos mobilizados pelo sistema da narrativa para possibilitar o consumo literal de humanos, assim como os sentidos em que o gênero distópico abre espaço para reflexões anticapitalistas e animalistas. O intuito, com isso, é evidenciar a relevância do estudo de distopias na contemporaneidade, as quais atuam como “avisos de incêndio” para futuros sombrios da humanidade.
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