Rosto e corpo estranhos: a vesga Angélica Ricos Olhos e a coxa Dolores (A Gloriosa Família (1997), romance angolano de Pepetela)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2021.60196

Palavras-chave:

Literatura angolana, Pepetela, A gloriosa família, deficiência, preconceito.

Resumo

O objetivo do estudo, baseado nas reflexões de Garcia, Monteiro, Bragança, Silva e Goffman, é apresentar no romance A Gloriosa Família (1997), do angolano Pepetela, de um lado, a questão da estética do corpo, do estigma e do preconceito que afeta as pessoas que têm deficiências corporais, como duas mulheres - a estrábica Angélica Ricos Olhos, livre e mulata, e a deficiente de movimento na perna Dolores, escrava e negra-, em Luanda, nos anos 1641 a 1648. E, de outro, suas estratégias de sobrevivência em um ambiente hostil e violento, que classificava e banalizava o corpo delas que tinham alterações congênitas, como aleijado, abjeto, degenerado e monstruoso, e lhes causava um profundo impacto sociopsicológico.

Biografia do Autor

Denise Rocha, Universidade Federal do Ceará

 

Bacharelado em História e Maghister Artium na Ruprecht-Karls Universität Heidelberg, Alemanha.

Graduação em Letras e doutorado em Literatura e Vida Social na UNESp, Assis.

Porfessora no Centro de Humanidades, UFC.

 

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Publicado

2021-09-16

Como Citar

Rocha, D. (2021). Rosto e corpo estranhos: a vesga Angélica Ricos Olhos e a coxa Dolores (A Gloriosa Família (1997), romance angolano de Pepetela). Palimpsesto - Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Letras Da UERJ, 20(36), 650–669. https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2021.60196